Alquindi

 Nota: Para outros significados, veja Abu Iúçufe Iacube.
Alquindi

Retrato de Alquindi
Nascimento 801
Cufa, no actual Iraque
Morte 873 (72 anos)
Bagdade
Ocupação Filósofo e cientista
Escola/tradição Filosofia islâmica, Mutazilismo, escola peripatética, ciência islâmica
Principais interesses Filosofia, Ciências, Astronomia, Matemática, Medicina, Teologia, Música

Abu Iúçufe Iacube ibne Ixaque Alquindi (em árabe: أبو يوسف يعقوب بن إسحاق الكندي; romaniz.: Abū Yūsuf Yaʻqūb ibn Isḥāq al-Kindī; Cufa, actual Iraque, 801 (ou 805) = 185, da HégiraBagdade, 873 = 256, da Hégira), conhecido simplesmente como Alquindi,[1] também conhecido no Ocidente pela versão latinizada de seu nome, Alquindo (em latim: Alkindus), foi um célebre polímata árabe:[2] destacou-se como filósofo, cientista, astrólogo, astrónomo e cosmólogo, químico, matemático, músico e médico.[carece de fontes?] Alquindi foi o primeiro dos filósofos islâmicos peripatéticos, e se destacou por introduzir a filosofia grega ao mundo árabe.[3]

Alquindi era descendente da tribo dos quinditas. Nascido e educado em Cufa, realizou seus estudos superiores em Bagdade. Tornou-se uma figura eminente na Casa da Sabedoria e diversos califas abássidas o indicaram para supervisionar a tradução dos textos científicos e filosóficos gregos para o idioma árabe. Este contato com a "filosofia dos antigos", como era chamada a filosofia helenística pelos acadêmicos islâmicos, teve um efeito profundo no seu desenvolvimento intelectual e o levou a escrever um grande número de tratados sobre os mais diversos assuntos, desde a metafísica e a ética, até a matemática e a farmacologia.[4][5]

No campo da matemática, Alquindi desempenhou um papel importante ao introduzir os numerais indianos ao mundo islâmico e cristão.[6] Foi um pioneiro na criptoanálise e na criptologia, desenvolvendo diversos novos métodos de decifração, incluindo o método da análise de frequência.[7] Utilizando-se de seus conhecimentos matemáticos e medicinais, foi capaz de desenvolver uma escala que permitia aos médicos quantificar a potência de seus medicamentos.[8] Também realizou experimentos com a terapia musical.[carece de fontes?]

O tema central que sustenta os escritos filosóficos de Alquindi é a compatibilidade entre a filosofia e outras ciências islâmicas "ortodoxas", particularmente a teologia. Muitas de suas obras lidam com assuntos de interesse imediato para a teologia, como a natureza de Deus, a alma e a sabedoria profética.[9] Mas apesar do papel importante que Alquindi desempenhou ao tornar a filosofia mais acessível a intelectuais muçulmanos, a sua própria produção filosófica ficou em segundo plano diante da obra de Alfarábi e poucos dos seus textos ainda estão disponíveis para os estudiosos modernos. Apesar disso, ainda é considerado como um dos maiores filósofos do mundo árabe, e por este motivo é conhecido simplesmente como "O Filósofo Árabe".[10]

  1. Dias 1940, p. 279.
  2. «Al-Kindi». Consultado em 6 de outubro de 2007 
  3. Klein-Frank, F. Al-Kindi. In Leaman, O & Nasr, H (2001). History of Islamic Philosophy. London: Routledge. p 165
  4. Corbin, H. (1993). History of Islamic Philosophy. London: Keagan Paul International. p154
  5. Adamson 2005, P. 'Al-Kindi'. In Adamson, P & Taylor, R. (2005). The Cambridge Companion to Arabic Philosophy. Cambridge: Cambridge University Press. p 33
  6. «Abu Yusuf Yaqub ibn Ishaq al-Sabbah Al-Kindi». Consultado em 12 de janeiro de 2007. Arquivado do original em 26 de outubro de 2007 
  7. Simon Singh. The Code Book. p. 14-20
  8. Klein-Franke, p172
  9. Adamson, p34
  10. Corbin, p154

Alquindi

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