Antonio Candido

 Nota: Este artigo é sobre o literato e crítico brasileiro. Para outros significados, veja António Cândido (desambiguação).
Antonio Candido

Antonio Candido na 9ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), em 2011
(Foto: André Gomes de Melo)
Nome completo Antonio Candido de Mello e Souza
Nascimento 24 de julho de 1918
Rio de Janeiro, RJ
Morte 12 de maio de 2017 (98 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Gilda de Melo e Sousa
Alma mater Universidade de São Paulo
Ocupação
Prémios
Filiação PT (1980-2017)
Magnum opus Formação da literatura brasileira
Religião Ateísmo[1]

Antonio Candido de Mello e Souza (Rio de Janeiro, 24 de julho de 1918São Paulo, 12 de maio de 2017) foi um sociólogo, crítico literário e professor universitário brasileiro. Estudioso da literatura brasileira e estrangeira, é autor de uma obra crítica extensa, respeitada nas principais universidades do Brasil. Foi professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) onde, entre outros feitos, introduziu, em 1962, a Literatura Comparada, transformando a disciplina de Teoria Literária em Teoria Literária e Literatura Comparada.[2]

É considerado um dos grandes expoentes da crítica literária brasileira pelo fato de suas obras terem se tornado base essencial para o debate da formação literária nacional associada a uma construção sociológica e ao humanismo.[3] De método dialético, comparatista e sociológico, antecipou a interdisciplinaridade para entender a literatura como expressão da cultura brasileira. Como militante político, foi um dos vários precursores do socialismo democrático no Brasil.[4]

Sua idealização do Suplemento Literário, em 1956, o caderno de crítica anexo ao jornal O Estado de S. Paulo, até 1966, contando com colaboração de Paulo Emílio Salles Gomes, Wilson Martins, do próprio Antonio Candido e outros, é visto como um marco do pensamento crítico brasileiro.[3] Sua obra mais influente, Formação da Literatura Brasileira, foi lançada em 1959. Estreitou relações e amizades com pelo menos duas das grandes gerações de importantes escritores brasileiros, como Oswald de Andrade, Guimarães Rosa, Graciliano Ramos, dos quais escreveu também resenhas, estudos e críticas referenciais e seminais para o entendimento de suas obras.

Foi professor emérito da FFLCH-USP e da Universidade Estadual Paulista (UNESP), e doutor honoris causa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade da República do Uruguai (2005).[5] Entre diversos outros prêmios importantes por seu trabalho, recebeu o Prêmio Jabuti em 1960, 1965, 1966 e 1993, o Prêmio Machado de Assis em 1993, o Prêmio Anísio Teixeira em 1996 e o Prêmio Camões em 1998.[6]

  1. «Antonio Candido foi o último dos grandes intérpretes do Brasil». Folha de S.Paulo. 15 de maio de 2017. Consultado em 4 de setembro de 2018 
  2. Sandra Nitrini, "Um comparatista dialético". in: Revista de Letras. Vol. 36 (1996), pp. 17-32.
  3. a b Antonio Candido. Enciclopédia Itaú Cultural. Acesso: 6 de julho de 2018.
  4. "entrevista/Max Gimenes "Antonio Candido é um dos Precursores do Socialismo Democrático no Brasil"". Revista Maquiavel. Acesso: 6 de julho de 2018.
  5. «Título de Doctor Honoris causa para el brasileño Antonio Cândido de Mello Souza». www.universidad.edu.uy (em espanhol). Portal Universidad de la República. 21 de setembro de 2006. Consultado em 5 de dezembro de 2017 
  6. «Agraciados». Prêmio Anísio Teixeira. 1 de junho de 2016. Consultado em 5 de dezembro de 2017 

Antonio Candido

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