Ararinha-azul

Ararinha-azul

Estado de conservação
Espécie extinta na natureza
Extinta na natureza (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Género: Cyanopsitta
Bonaparte, 1854
Espécie: C. spixii
Nome binomial
Cyanopsitta spixii
(Wagler, 1832)
Distribuição geográfica

A ararinha-azul[2][3] (nome científico: Cyanopsitta spixii, do grego: kuanos "azul-piscina; ciano" + do latim: psitta, "papagaio"; e spixii, em homenagem a Johann Baptist von Spix)[4] é uma espécie de ave da família Psittacidae endêmica do Brasil. É a única espécie descrita para o gênero Cyanopsitta. Outros vernáculos associados a esta espécie são arara-azul-de-spix e arara-celeste, ou arara-de-spix[5] ou ararinha-azul. Habitava matas de galeria dominadas por caraibeiras associadas a riachos sazonais no extremo norte do estado da Bahia, ao sul do rio São Francisco. Todos os registros históricos para a espécie estão localizados nos municípios de Juazeiro e Curaçá na Bahia. Há relatos não confirmados da presença da ave nos estados de Pernambuco e Piauí.

C. spixii mede cerca de 57 centímetros de comprimento e possui uma plumagem azul, variando de tons pálidos a vividos ao longo do corpo. Pouco se conhece sobre sua ecologia e comportamento na natureza. Sua dieta consistia principalmente de sementes de pinhão-bravo e faveleira. A nidificação era feita em caraibeiras, em ocos naturais ou feitos por pica-paus. O período de reprodução estava associado a época das chuvas.

Em decorrência do corte indiscriminado de árvores da caatinga e do tráfico ilegal, a população se reduziu até restar um único indivíduo, que desapareceu em 2000-2001. Está seriamente ameaçada de extinção, existindo somente 240[6] indivíduos em cativeiro (em janeiro de 2022), tendo sido declarada extinta na natureza pelo governo brasileiro e na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN).[1] Em junho de 2016 foi registrado um indivíduo em matas ciliares de Curaçá, possivelmente libertado do cativeiro por algum morador local.[7]

  1. a b BirdLife International. (2019). «Cyanopsitta spixii». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2019: e.T22685533A153022606. doi:10.2305/IUCN.UK.2019-3.RLTS.T22685533A153022606.enAcessível livremente. Consultado em 12 de Junho de 2023 
  2. Infopédia. «ararinha-azul | Definição ou significado de ararinha-azul no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 9 de julho de 2021 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  4. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Jobling
  5. «Psittacidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024 
  6. «Brasil vai receber 50 ararinhas-azuis da Alemanha». G1. Consultado em 14 de junho de 2019 
  7. «Ararinha-azul é vista na natureza, após 15 anos desaparecida». O Estado de São Paulo. Consultado em 25 de junho de 2016 

Ararinha-azul

Dodaje.pl - Ogłoszenia lokalne