Artrose

Artrose
Artrose
Uma característica comum de artrose nas mãos é a formação de nódulos de Bouchard nas articulações intermédias dos dedos e de nódulos de Heberden das articulações distais.
Sinónimos Artrite degenerativa, doença degenerativa das articulações, osteoartrose
Especialidade Reumatologia, ortopedia
Sintomas Dor nas articulações, rigidez, articulações inchadas, diminuição da amplitude de movimentos[1]
Início habitual Ao longo de anos[1]
Causas Antecedentes de lesões nas articulações, anomalias no desenvolvimento das articulações, fatores hereditários[1][2]
Fatores de risco Excesso de peso, pernas de diferente comprimento, emprego que provoque stresse nas articulações[1][2]
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas[1]
Tratamento Exercício, diminuição do stress nas articulações, grupos de apoio, analgésicos, próteses[1][2][3]
Frequência 237 milhões / 3,3% (2015)[4]
Classificação e recursos externos
CID-10 M15-M19, M47
CID-9 715
CID-11 558562409
OMIM 165720
DiseasesDB 9313
MedlinePlus 000423
eMedicine med/1682 orthoped/427 pmr/93 radio/492
MeSH D010003
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Artrose, osteoartrose ou osteoartrite é um tipo de doença das articulações que resulta da degeneração da cartilagem e do osso subjacente.[5] Os sintomas mais comuns são rigidez e dor nas articulações. Numa fase inicial, os sintomas podem-se manifestar apenas a seguir ao exercício, mas ao longo do tempo podem-se tornar constantes. Entre outros possíveis sintomas estão a acumulação de líquido seroso numa articulação, diminuição da amplitude de movimentos e, quando as costas são afetadas, fraqueza ou perda de sensibilidade nos braços e pernas. As articulações afetadas de forma mais comum são as das extremidades dos dedos, a da base do polegar, do pescoço, do fim das costas, do joelho e da anca. Geralmente as articulações de um dos lados do corpo são mais afetadas do que as do outro lado. Os sintomas desenvolvem-se gradualmente ao longo de vários anos. A doença pode afetar o trabalho e as atividades do dia-a-dia. Ao contrário de outros tipos de artrites, geralmente a artrose afeta apenas as articulações.[1]

As causas mais comuns são lesões anteriores nas articulações, anormalidades no desenvolvimento das articulações ou dos membros e fatores hereditários. O risco é maior em pessoas com sobrepeso, com diferença de comprimento entre as pernas e com empregos que impliquem esforços intensos nas articulações.[1][2] Acredita-se que a artrose seja causada por stresse mecânico na articulação e processos inflamatórios de baixo grau.[6] A doença vai progredindo à medida que a cartilagem se degenera e o osso subjacente vai sendo afetado.[1] Uma vez que a dor dificulta a realização de exercício físico, pode ocorrer atrofia muscular.[2][7] O diagnóstico geralmente baseia-se nos sinais e sintomas, podendo por vezes ser complementado por exames imagiológicos para o confirmar ou excluir outras doenças. Ao contrário da artrite reumatoide, que é essencialmente uma condição inflamatória, na artrose as articulações não ficam quentes ou vermelhas.[1]

O tratamento consiste em exercício, na diminuição do stresse nas articulações, em medicamentos analgésicos e em grupos de apoio.[1][3] A diminuição do stresse nas articulações inclui repouso e a utilização de uma bengala. A perda de peso pode ajudar as pessoas com excesso de peso. A medicação pode incluir paracetamol.[1] Quando estas medidas não apresentam resultados podem ser usados anti-inflamatórios não esteroides como o diclofenaco, embora estes medicamentos estejam associados a um risco acrescido de efeitos adversos.[1][8] No caso de serem usados opioides, não é recomendado o seu uso a longo prazo devido ao risco de dependência.[1] Quando, mesmo com tratamento, a dor interfere com a vida quotidiana, pode ser considerada cirurgia de substituição das articulações. No entanto, uma articulação artificial tem uma duração limitada.[2] Com tratamento, o prognóstico de maior parte das pessoas é favorável.[1]

A artrose é a forma mais comum de artrite. Em 2010, a artrose do joelho e da anca afetava 3,8% da população mundial.[1][9] Entre as pessoas com mais de 60 anos, 10% dos homens e 18% das mulheres são afetados por artrose.[2] A doença é a causa de 2% dos anos vividos com incapacidade.[9] Antes dos 45 anos de idade, a doença é mais comum entre homens, enquanto depois dessa idade é mais comum entre mulheres. À medida que a idade avança, a doença vai-se tornando mais comum em ambos os sexos.[1]

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q «Osteoarthritis». National Institute of Arthritis and Musculoskeletal and Skin Diseases. Abril de 2015. Consultado em 13 de maio de 2015 
  2. a b c d e f g Glyn-Jones, S; Palmer, AJ; Agricola, R; Price, AJ; Vincent, TL; Weinans, H; Carr, AJ (3 de março de 2015). «Osteoarthritis.». Lancet. 386: 376–87. PMID 25748615. doi:10.1016/S0140-6736(14)60802-3 
  3. a b McAlindon TE, Bannuru RR, Sullivan MC, Arden NK, Berenbaum F, Bierma-Zeinstra SM, Hawker GA, Henrotin Y, Hunter DJ, Kawaguchi H, Kwoh K, Lohmander S, Rannou F, Roos EM, Underwood M (março de 2014). «OARSI guidelines for the non-surgical management of knee osteoarthritis». Osteoarthritis and Cartilage. 22 (3): 363–88. PMID 24462672. doi:10.1016/j.joca.2014.01.003 
  4. GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence Collaborators (outubro de 2016). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015». Lancet. 388 (10053): 1545–1602. PMC 5055577Acessível livremente. PMID 27733282. doi:10.1016/S0140-6736(16)31678-6 
  5. Atlas of Osteoarthritis. [S.l.]: Springer. 2015. p. 21. ISBN 9781910315163 
  6. Berenbaum F (2013). «Osteoarthritis as an inflammatory disease (osteoarthritis is not osteoarthrosis!)». Osteoarthritis and Cartilage. 21 (1): 16–21. PMID 23194896. doi:10.1016/j.joca.2012.11.012 
  7. Conaghan P (2014). «Osteoarthritis — Care and management in adults». Consultado em 31 de agosto de 2016. Arquivado do original em 22 de dezembro de 2015 
  8. Bartlett, C; Doyal, L; Ebrahim, S; Davey, P; Bachmann, M; Egger, M; Dieppe, P (Outubro de 2005). «The causes and effects of socio-demographic exclusions from clinical trials.». Health technology assessment (Winchester, England). 9 (38): iii-iv, ix-x, 1–152. PMID 16181564 
  9. a b March, L; Smith, EU; Hoy, DG; Cross, MJ; Sanchez-Riera, L; Blyth, F; Buchbinder, R; Vos, T; Woolf, AD (Junho de 2014). «Burden of disability due to musculoskeletal (MSK) disorders.». Best practice & research. Clinical rheumatology. 28 (3): 353–66. PMID 25481420. doi:10.1016/j.berh.2014.08.002 

Artrose

Dodaje.pl - Ogłoszenia lokalne