Արցախի Հանրապետություն Artsakhi Hanrapetutyun Нагорно-Карабахская Республика Nagorno-Karabakhskaya Respublika República de Artsaque | |||||
Estado não reconhecido; reconhecido por 3 não-membros da ONU | |||||
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Hino nacional Ազատ ու Անկախ Արցախ Azat u Ankakh Artsakh ("Artsaque Livre e Independente")
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Capital | Estepanaquerte | ||||
Língua oficial | Armênio[a] Russo[b] | ||||
Governo | República parlamentar unitária[c] | ||||
Presidente | |||||
• 1994–1997 (primeiro) | Robert Kocharian | ||||
• 2023 (último) | Samvel Shahramanyan | ||||
Primeiro-ministro | |||||
• 1992 (primeiro) | Oleg Yesayan | ||||
• 2007–2017 (último) | Arayik Harutyunyan | ||||
Legislatura | Assembleia Nacional | ||||
História | |||||
• 20 de fevereiro de 1988–12 de maio de 1994 | Primeira Guerra do Alto Carabaque | ||||
• 10 de dezembro de 1991 | Independência | ||||
• 27 de setembro–10 de novembro de 2020 | Segunda Guerra do Alto Carabaque | ||||
• 12 de dezembro de 2022 | Bloqueio pelo Azerbaijão | ||||
• 19–20 de setembro de 2023 | Ofensiva azerbaijana | ||||
• 28 de setembro de 2023 de 2024 | Capitulação | ||||
Área | |||||
• 2021[1] | 3 170 km2 | ||||
População | |||||
• 2021[1] est. | 120 000 | ||||
Dens. pop. | 37,9 hab./km² | ||||
Moeda | Dram de Artsaque Dram arménio (AMD) | ||||
Atualmente parte de | ![]() | ||||
↑ A constituição garante “o livre uso de outras línguas difundidas pela população”. ↑ A partir de 2021[2] ↑ República presidencial do referendo constitucional de 2017 |
Parte da série sobre a |
História de Artsaque |
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Antiguidade |
Idade Média |
Idade Moderna |
Era moderna |
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Artsaque[3] (em armênio: Արցախի Հանրապետություն; romaniz.: Arts'akhi Hanrapetut'yun),[4][5] oficialmente República de Artsaque, comumente conhecido pelo seu antigo nome de República do Alto Carabaque (em armênio/arménio: Լեռնային Ղարաբաղ; romaniz.: Nagorno-Karabakh) ou República do Carabaque Montanhoso (em azeri: Dağlıq Qarabağ)[6][7] ou Carabaque Montanhoso entre 1991 e 2017, foi um estado separatista localizado na região do Alto Carabaque cujo território é internacionalmente reconhecido como parte do Azerbaijão. Sua população é predominantemente de etnia armênia e o idioma principal falado é o armênio. Entre 1991 e 2023, o Artsaque controlou partes do antigo Oblast Autónomo do Alto Carabaque (OAAC), incluindo a capital Estepanaquerte, sendo uma república de facto independente, ainda que nenhum estado-membro das Nações Unidas formalmente a tenha reconhecido como tal.[8] Tendo sido uma enclave dentro do Azerbaijão, sua única rota terrestre de acesso à Armênia é via corredor de Lachin, que tem 5 km de largura.[9]
Por séculos, os muçulmanos azerbaijanos e cristãos armênios, ambos dos quais consideram a região de Alto Carabaque como lar, têm entrado em conflito sobre seu controle. O conflito remonta ao fim do Império Russo, foi mantido sob controle relativo durante o período soviético, até que escalou à medida que a União Soviética estava à beira do colapso.[10] Como resultado, houve a eclosão de uma primeira guerra em larga escala em 1992 depois que Azerbaijão e Armênia conquistaram independência, e o antigo OAAC – que havia estado sob controle da RSS do Azerbaijão durante a maior parte do período soviético – também se declarou uma república independente.[8][11][12] As forças armênias ganharam o controle do Alto Carabaque e estenderam sua ocupação a territórios azerbaijanos significativos além da região em disputa, ocupando 20 por cento da área geográfica do Azerbaijão e criando uma zona-tampão ao redor de Lachin que conectava Carabaque à Armênia.[10]
Embora um acordo provisório de cessar-fogo assinado em 1994 reconhecesse o Alto Carabaque como pertencente ao Azerbaijão, as partes em litígio não conseguiram concordar com um tratado de paz, e a situação congelada garantia ao território predominantemente armênio uma república independência de facto com um governo autoproclamado em Estepanaquerte,[13] mas fortemente dependente e integrada ao estado armênio e, em muitos aspectos, funcionando como uma parte de facto da própria Armênia.[10][11] Embora Erevã nunca tenha reconhecido oficialmente a independência da região, a Armênia se tornou a principal apoiadora financeira e militar desse território separatista.[11][12] Em 2017, um referendo na República do Alto Carabaque aprovou uma nova constituição que transformou o sistema de governo de um modelo semipresidencial para uma democracia totalmente presidencial com um legislativo unicameral e mudou o nome do estado separatista de República do Alto Carabaque para República de Artsaque, embora ambos os nomes tenham permanecido oficiais.[11]
De 1994 até 2020, as tropas armênias e azerbaijanas permaneceram separadas por uma linha de contato, com incidentes esporádicos de baixa intensidade, mas que indicavam o risco presente de a guerra recomeçar.[12][14] Em 2020, uma segunda guerra eclodiu na região e, desta vez, o Azerbaijão obteve uma vitória fácil, recuperando grande parte do território que havia perdido décadas antes.[8][14][15] Sob o armistício colocou fim a esse conflito, a Armênia concordou em retirar suas tropas de todo o território que havia ocupado fora do antigo NKAO da era soviética. Três anos depois, o Azerbaijão lançou uma nova ofensiva militar e assumiu de vez o controle dos últimos territórios ainda sob governo separatista de Artsaque.[16][17][18] Como efeito, a administração da autoproclamada República de Artsaque concordou em se desarmar e entrar em negociações com o Bacu, provocando um êxodo de armênios étnicos da área.[19] Um decreto oficial posterior emitido por Artsaque determinou a dissolução de todas as suas instituições estatais até 1 de janeiro de 2024, encerrando sua existência.[20][21] Embora o presidente mais tarde tenha anulado este decreto, em 1 de outubro de 2023, quase toda a população da região tinha fugido para a Armênia.[22][23][24][25]