Baixa fantasia

A série The Dresden Files de Jim Butcher, sobre um feiticeiro-detetive de Chicago, é um exemplo de fantasia urbana.

Baixa fantasia é um subgênero da fantasia, envolvendo "acontecimentos irracionais que não são casuais uma vez que ocorrem no mundo real, onde tais coisas não deveriam ocorrer"[1]. Histórias de baixa fantasia são definidas no mundo real e são contrastadas com as histórias de alta fantasia que acontecem num mundo completamente ficcional com seu próprio conjunto de regras e leis físicas. A baixa fantasia se apresenta em duas maneiras: na urbana que ocorre na contemporaneidade e na histórica.

A baixa fantasia dá menos ênfase em lugares fictícios, elemento típico associado com a fantasia. Às vezes, há apenas elementos fantásticos que tornam ambígua a fronteira entre o real e o que é puramente psicológico ou sobrenatural. A palavra "baixa" refere-se ao nível de importância dos tradicionais elementos de fantasia dentro das obras, e não é qualquer tipo de comentário sobre a qualidade delas. 

A fantasia urbana é considerada baixa fantasia quando se passa em uma cidade situada no mundo real,[2][3] e não em um universo completamente fictício, como Estação Perdido e City of Saints and Madmen. Muitos livros de fantasia urbana voltados para adultos são contados através de uma narrativa em primeira pessoa, e apresentam seres mitológicos, objetos personificados e várias protagonistas que estão envolvidas na aplicação da lei ou vigilância, como Anita Blake.[2][4] Enquanto os romances de fantasia urbana voltados para adolescentes, seguem protagonistas inexperientes que são inesperadamente atraídas para lutas paranormais. Em meio a estes conflitos, as personagens muitas vezes ganham aliados, encontram romance, e, em alguns casos, desenvolvem ou descobrem habilidades sobrenaturais próprias.[4] Na maioria das vezes são história coming-of-age ou Bildungsroman, que também são comuns na alta fantasia voltada para adolescentes.  

A fantasia histórica é um crossover entre a baixa fantasia e a ficção histórica, incorporando elementos fantásticos (como a magia) na narrativa.[5] Histórias que correspondam a esta classificação geralmente acontecem antes do século XX. Normalmente os elementos sobrenaturais, criaturas e etc, co-existem com a realidade mundana semelhante a fantasia urbana[6] ou pode ser uma história alternativa, onde o passado ou presente tem sido significativamente alterado quando um evento histórico real ocorre diferente.[7]  

Role-playing games usam uma definição diferente de gênero, definindo-a não pelo local em que ocorre, mas se estão mais perto de realismo do que o misticismo. Isto pode significar que algumas obras, por exemplo, a série Conan o Bárbaro de Robert E. Howard, pode ser de alta fantasia, em termos literários, mas de baixa fantasia em termos de rpg; enquanto que outras obras, tais como a série de TV Supernatural, o oposto também ocorre.

  1. Stableford, Brian (2009). The A to Z of Fantasy Literature. [S.l.]: Scarecrow Press. p. 256. ISBN 978-0-8108-6829-8 
  2. a b «Writing Urban Fantasy, Part 1: "Oh yeah? Says Who?" | Jeannie Holmes - Author of Urban Fantasy and Suspense». www.jeannieholmes.com. Consultado em 4 de agosto de 2016 
  3. Datlow, Ellen (2011). Naked City: Tales of Urban Fantasy. New York: St. Martin's Press. pp. xii–xiii. ISBN 978-0-312-38524-8.
  4. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome salon_2009-06-23
  5. Shanoes, Veronica (26 January 2012). "20: Historical Fantasy". In Edward James; Farah Mendlesohn. The Cambridge Companion to Fantasy Literature. Cambridge University Press. p. 236. ISBN 978-0-521-42959-7.
  6. John Grant and John Clute, The Encyclopedia of Fantasy, "Thinning", p 942 ISBN 0-312-19869-8
  7. Sinclair Frances, "Historical Fantasy", Riveting Reads plus Fantasy Fiction, (UK: School Library Association), 69.

Baixa fantasia

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