Benedetto "Bettino" Craxi | |
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Primeiro-ministro da Itália | |
Período | 4 de agosto de 1983 - 17 de abril de 1987 |
Antecessor(a) | Amintore Fanfani |
Sucessor(a) | Amintore Fanfani |
Dados pessoais | |
Nascimento | 24 de fevereiro de 1934 Milão, Itália |
Morte | 19 de janeiro de 2000 (65 anos) Hammamet, Tunísia |
Partido | Partido Socialista Italiano (Partito Socialista Italiano, PSI) |
Profissão | político |
Benedetto "Bettino" Craxi (Milão, 24 de fevereiro de 1934 — Hammamet, 19 de janeiro de 2000) foi um político italiano, secretário do Partido Socialista Italiano (PSI) de 1976 a 1993 e Presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) da Itália entre 4 de agosto de 1983 e 17 de abril de 1987, tendo sido o primeiro membro do PSI a ocupar o cargo.
Craxi foi uma figura proeminente da chamada Primeira República italiana (1948-1994).[1] Promoveu uma renovação do PSI e da esquerda italiana, o que o levou a enfrentar dura resistência, tanto por parte do Partido Comunista Italiano quanto do seu próprio partido.
Durante seu governo, a economia italiana consegue se recuperar dos danos decorrentes do segundo choque do petróleo (1979). O governo Craxi [2] é marcado por importantes eventos econômicos, tais como o enfraquecimento do mecanismo de scala mobile (em português, 'escada rolante': reajuste automático dos salários ao nível dos preços), o declínio da inflação[3] e o crescimento do PIB italiano,[4][5] que, em 1987, supera o PIB da Grã-Bretanha, fazendo da Itália a quinta maior economia do mundo - depois de Estados Unidos, Japão, Alemanha e França. Por outro lado, a dívida pública aumenta drasticamente, e a corrupção na administração pública, assim como a colaboração do governo com personagens ambíguos, compromete gradualmente a imagem de Craxi. Ao mesmo tempo, a máfia sofre um grande revés, com o chamado Maxiprocesso de Palermo, iniciado em 1986.