Casta é uma forma de estratificação social caracterizada: pela endogamia; pela transmissão hereditária de um estilo de vida que, frequentemente, inclui um ofício (profissão), status ritual numa hierarquia e interações sociais consuetudinárias (habituais); e pela exclusão baseada em noções culturais de pureza e poluição.[1][2] Seu exemplo etnográfico paradigmático é a divisão da sociedade indiana em grupos sociais rígidos, com raízes na história milenar da Índia, que persiste nos dias atuais. Todavia, a importância econômica do sistema de castas da Índia tem progressivamente diminuído devido à urbanização e a programas de ação afirmativa. O sistema de castas indiano é um tema fundamental das pesquisas de sociólogos e antropólogos, sendo, muitas vezes, utilizado como analogia para o estudo de outros tipos de estratificação social existentes fora do subcontinente indiano.
De acordo com a UNICEF e a Human Rights Watch, a discriminação de casta afeta cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo.[3][4] As castas são sistemas tradicionais, hereditários ou sociais de estratificação, ao abrigo da lei ou da prática comum, com base em classificações tais como a raça, a cultura, a ocupação profissional, etc. Varna, a designação sânscrita original para "casta", significa "cor". O adjectivo "casta" está relacionado ao conceito de castidade, palavra com a qual compartilha o mesmo radical latino referente à pureza.