Clima de Marte

Marte visto por Rosetta.

O clima de Marte tem sido objeto de interesse científico por séculos, em grande parte devido ao fato de Marte ser o único planeta cuja superfície pode ser diretamente observada em detalhes desde a Terra.

Apesar de o planeta Marte ser menor e bem mais distante do sol que a Terra, o clima dos dois planetas possui similaridades importantes, tais como a presença de uma atmosfera, capa de gelo nos pólos, mudanças sazonais e a presença observável de padrões climáticos. Tais características têm atraído interesse de planetólogos e climatologistas.

As condições climáticas marcianas têm sido relativamente bem estudadas. Dados têm sido gerados por instrumentos baseados na Terra desde o século XVII, mas apenas desde o início da exploração de Marte na metade dos anos 60 é que observações mais aproximadas foram possíveis. Sondas transitórias e orbitais proveram dados da superfície, ao passo que dados sobre a atmosfera foram fornecidos por robôs enviados diretamente para a superfície do planeta (landers e rovers). Instrumentos de observação na órbita do planeta Terra têm fornecido algumas imagens de fenômenos climáticos em Marte.

A primeira missão a passar por Marte foi a Mariner 4 em 1965. Os breves dois dias em que a sonda observou o planeta (14-15 de Julho de 1965) foram limitados em termos de contribuição para o conhecimento sobre o clima marciano. Missões posteriores (Mariner 6, Mariner 7, e Mariner 9) contribuíram com informação climática básica. Dados mais precisos e variados começaram com o programa Viking em 1975 e continuou com tais sondas como a bem sucedida Mars Global Surveyor.

Esse trabalho de observação tem sido complementado por uma simulação de computador científico chamado Mars General Circulation Model.[1] Várias interações diferentes do MGCM têm levado a um maior entendimento das características de Marte bem como das limitações desses modelos, que são limitados mais na capacidade de representar como a física atmosférica funciona em menor escala do que na resolução. Eles também podem ser baseados em suposições incorretas ou irrealistas sobre a física marciana o que certamente acarreta uma limitação no tempo e no espaço dos dados climáticos de Marte.

Apesar de Marte possuir similaridades com o clima da Terra, incluindo estações e eras glaciais periódicas, há ainda uma importante diferença no que se refere à inércia térmica, que é muito baixa. A atmosfera de Marte possui escala de altura de aproximadamente 11 km (36 000 pés), 60% maior do que a da Terra. O clima é um fator de grande relevância na questão da vida em Marte, se há ou ao menos existiu em algum momento da história do planeta, tendo recebido alguma atenção no noticiário devido às medições da NASA que indicam um aumento da sublimação na capa polar sul, levando alguns meios de comunicação a especular se Marte estaria passando por um processo análogo ao aquecimento global.[2]

  1. NASA. «Mars General Circulation Modeling». NASA. Consultado em 22 de fevereiro de 2007. Arquivado do original em 20 de fevereiro de 2007 
  2. Francis Reddy (23 de Setembro de 2005). «MGS sees changing face of Mars». Astronomy Magazine. Consultado em 6 de setembro de 2007 

Clima de Marte

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