Conde (Roma Antiga)

Fólis de Constantino, cunhada em Lugduno, na Gália, por volta de 310, com o Deus Sol Invicto
Roma Antiga
Conde (Roma Antiga)
Este artigo é parte da série: Política e governo da Roma Antiga
Períodos
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753 a.C.509 a.C.

República Romana
509 a.C.27 a.C.
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27 a.C.395
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Comes,[1][2] plural comites,[3] por vezes traduzido para conde[4][5] (em latim: comes; em grego: κόμης; romaniz.: kómes; lit. "companheiro"; plural: comites) foi um termo de origem latina empregado para designar o conselheiro pessoal ou retentor de um imperador ou rei bárbaro. Durante o reinado de Constantino (r. 306–337), mais precisamente a partir de 312, o termo adquiriu um sentido técnico, sendo inicialmente referido como "conde dos nossos domínios" (comes domini nostri) ou "conde dos domínios do Augusto" (comes Augustorum nostrorum).[6]

O termo foi empregado para oficiais de diferentes posições (ordines). Como um título honorífico, foi outorgado para alguns dos mais altos funcionários do Estado, tais como o mestre dos ofícios (magister officiorum) e questor, e com o tempo tornou-se parte das denominações burocráticas, nas formas de conde das sagradas liberalidades (comes sacrarum largitionum) ou conde da fortuna privada (comes rerum privatarum). Estes, por se tratarem do alto-escalão dos oficiais, eram genericamente designados condes consistorianos (comites consistoriani), havendo, como contraste, alguns condes que não foram membros do consistório.[7]

Havia também os condes designados para administrarem as províncias imperiais, como o conde da África (comes Africae) ou o conde do Egito (comes Aegypti), enquanto outros desempenhavam funções fiscais ou econômicas ou atuavam como guardiões ou superintendentes. Mais adiante, durante o Império Bizantino, o título de conde continuou a existir em sua forma grega (komes) e foi empregado para designar oficiais incumbidos com várias funções, como o conde das águas (komes hydaton), o conde da tenda (komes tes kortes), etc. O termo conde também foi empregado neste momento para oficiais subalternos das unidades do exército e da marinha.[7]

  1. Ana Teresa Marques Gonçalves, As Festas Imperiais Na Roma Antiga: Os Decennalia e os Jogos Seculares de Septímio Severo Arquivado em 3 de setembro de 2014, no Wayback Machine.. Mneme - Revista de Humanidades. Centro de Ensino Superior do Seridó, Departamento de História e Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, v. 3, nº 6, out./nov. de 2002. ISSN ‐1518‐3394; disponível em www.cerescaico.ufrn.br/mneme.
  2. Helton Augusto Piotrowski, Roma Victor! Um Estudo sobre o Exército Romano Republicano e Imperial. Congresso Internacional de História, Maringá, Paraná, Brasil. 9-11 de setembro de 2009. ISSN 2175-4446, DOI: 10.4025/4cih.pphuem.035
  3. Rosalina Corrêa de Araújo (2004). O estado e o poder judiciário no Brasil. [S.l.]: Lumen Juris. p. 32 
  4. Filho 1999, p. 63.
  5. Monteiro, p. 89.
  6. Kazhdan 1991, p. 484-485.
  7. a b Kazhdan 1991, p. 485.

Conde (Roma Antiga)

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