Corrida espacial foi uma competição do século XX entre dois adversários da Guerra Fria, a União Soviética e os Estados Unidos, para alcançar capacidade superior de voo espacial. Teve suas origens na corrida armamentista nuclear baseada em mísseis balísticos entre as duas nações após a Segunda Guerra Mundial. A vantagem tecnológica demonstrada pela realização dos voos espaciais era vista como necessária para a segurança nacional e tornou-se parte do simbolismo e da ideologia da época. O período da corrida espacial trouxe lançamentos pioneiros de satélites artificiais, sondas espaciais robóticas para a Lua, Vênus e Marte, e voos espaciais tripulados em órbita terrestre baixa e, finalmente, para a Lua.[1]
A competição começou a sério em 2 de agosto de 1955, quando a União Soviética respondeu ao anúncio estadunidense feito quatro dias antes da intenção de lançar satélites artificiais para o Ano Geofísico Internacional, declarando que também lançaria um satélite "no futuro próximo". Os desenvolvimentos nas capacidades de mísseis balísticos tornaram possível levar a competição entre os dois Estados para o espaço sideral.[2] Esta competição ganhou a atenção do público com o "choque Sputnik", quando a URSS conseguiu o primeiro lançamento de satélite artificial bem-sucedido em 4 de outubro de 1957 do Sputnik 1, e posteriormente quando os soviéticos enviaram o primeiro humano ao espaço com o voo orbital de Yuri Gagarin em 12 de abril de 1961. A URSS demonstrou uma liderança inicial na corrida com estes e outros primeiros ao longo dos próximos anos,[3] alcançando a Lua pela primeira vez com o Programa Luna, empregando missões robóticas
Depois que o presidente estadunidense, John F. Kennedy, aumentou as apostas e estabeleceu uma meta de "pousar um homem na Lua e devolvê-lo em segurança à Terra",[4] ambos os países trabalharam no desenvolvimento de veículos de lançamento superpesados, com os Estados Unidos implantando com sucesso o Saturno V, que era grande o suficiente para enviar um orbitador de três pessoas e um módulo de pouso de duas pessoas à Lua. O objetivo foi alcançado em julho de 1969, com o voo da Apollo 11,[5][6][7] uma conquista singular que os estadunidenses consideraram ofuscar quaisquer conquistas soviética anterior. No entanto, tal opinião é geralmente controversa, com outros atribuindo o primeiro homem no espaço como sendo uma conquista muito maior.[8] A URSS criou dois programas lunares tripulados, mas não teve sucesso com seu foguete N1 para lançar e pousar na Lua antes dos Estados Unidos e acabou cancelando-o para se concentrar em Salyut, o primeiro programa de uma estação espacial, e os primeiros pousos em Vênus e em Marte. Enquanto isso, os EUA desembarcaram mais cinco tripulações do Programa Apollo na Lua[9] e continuaram a exploração de outros corpos extraterrestres roboticamente.
Um período de distensão seguiu com o acordo de abril de 1972 sobre um projeto-teste cooperativo chamado Apollo-Soyuz (ASTP), resultando no acoplamento espacial de 17 de julho de 1975[10] na órbita terrestre e o encontro de uma tripulação de astronautas estadunidenses com uma tripulação de cosmonautas soviéticos e no desenvolvimento conjunto de um internacional padrão APAS-75. Este acoplamento é considerado como o ato final da corrida espacial,[8] a competição só gradualmente seria substituída pela cooperação.[11] O colapso da União Soviética eventualmente permitiu que os Estados Unidos e a recém-fundada Federação Russa encerrassem sua competição da Guerra Fria também no espaço, concordando em 1993 com os programas Shuttle-Mir e Estação Espacial Internacional.[12][13]
Most observers felt that the U.S. moon landing ended the space race with a decisive American victory. […] The formal end of the space race occurred with the 1975 joint Apollo-Soyuz mission, in which U.S. and Soviet spacecraft docked, or joined, in orbit while their crews visited one another's craft and performed joint scientific experiments.