Pequeno risco temporário de doença inflamatória pélvica nos primeiros 20 dias após a sua inserção
Um dispositivo intrauterino (DIU) é um pequeno dispositivo contracetivo em forma de T que é colocado no útero de uma mulher para prevenir uma gravidez. Os DIU são um método contracetivo reversível e de longa duração.[1] Entre todos os métodos contracetivos, os DIU e os implantes contracetivos são os que apresentam maior satisfação entre os utilizadores.[2] As mulheres que prestam aconselhamento de planeamento familiar escolhem métodos de longa duração com maior frequência (41,7%) do que o público em geral (12,1%).[3] Os DIU são seguros e eficazes também durante a adolescência e em mulheres que nunca tiveram filhos.[2][4] Assim que um DIU é removido, mesmo após utilização prolongada, a fertilidade regressa rapidamente ao normal.[5]
Entre os possíveis efeitos adversos dos DIU de cobre estão o aumento do período menstrual e cólicas menstruais.[9] enquanto os DIU hormonais podem diminuir o período menstrual ou interromper a menstruação.[10] No entanto, as mulheres podem ter escapes durante vários meses e pode levar até três meses para que se verifique uma diminuição de 90% no período.[11] As cólicas podem ser aliviadas com anti-inflamatórios não esteroides.[12] Entre outras possíveis complicações mais graves estão a expulsão do dispositivo (2–5%) e raramente a perfuração do útero (menos de 0,7%).[10][12] Os DIU não afetam a amamentação e podem ser colocados imediatamente após um parto[10] ou aborto.[13]
Nos Estados Unidos, a utilização de DIU aumentou de 0,8% em 1995 para 5,6% entre 2006 e 2010.[14] A utilização de DIU como método contracetivo data do século XIX.[15] Um modelo antigo de DIU, denominado Dalkon shield e entretanto retirado do mercado, estava associado a um aumento do risco de doença inflamatória pélvica (DIP). No entanto, os modelos atuais não afetam o risco de DIP em mulheres sem infeções sexualmente transmissíveis durante o período de aplicação.[16]
↑ abCommittee on Adolescent Health Care Long-Acting Reversible Contraception Working Group, The American College of Obstetricians and, Gynecologists (outubro de 2012). «Committee opinion no. 539: adolescents and long-acting reversible contraception: implants and intrauterine devices.». Obstetrics and gynecology. 120 (4): 983–8. PMID22996129. doi:10.1097/AOG.0b013e3182723b7d