Ecosofia é um neologismo formado pela junção das palavras ecologia e filosofia, ou seja, é um conceito que aproxima atitudes ecológicas com o pensamento abstrato humano.
Termo cunhado nos anos 1960, portanto ainda bastante recente, está em plena fase de construção de seu sentido, não havendo uma definição única e exata à qual ele se refira. Sua origem pode ser ligada a dois filósofos chaves para a sua compreensão: o norueguês Arne Naess, pai da ecologia profunda, e o pós-marxista Félix Guattari[1]
Por mais que os pontos de vista acerca da definição de ambos sejam diferentes – e mesmo contraditórios –, são conceitualmente relacionados e expressam a necessidade da emergência de um novo pensamento para além da lógica cartesiana, princípio base das sociedades modernas, que coloca o homem como centro e medida do mundo, portanto mestre e possessor da natureza, a qual fez culminar numa sociedade progressista onde a destruição da vida natural e a deterioração das relações humanas ameaçam a nossa própria espécie. Por esse caminho cada um proporá suas bases para se pensar o ser humano de forma integrada e abrangente em todo o processo global em que está inserido, compartilhando um mundo de diversas culturas e seres, movendo-se através de uma visão que propõe um questionamento profundo acerca das normas e premissas sociais, por vias de articulações políticas e de práticas cotidianas.[1][2]