Emblema | |
Lema | "Pátria Basca e Liberdade" |
Tipo | Organização com moldes marxistas nacionalistas e revolucionários |
Fundação | 31 de julho de 1959 |
Extinção | 2 de maio de 2018 |
Estado legal | Clandestina |
Propósito | Independência do País Basco |
Sede | Espanha França |
Membros | 200 membros e 400 simpatizantes |
Línguas oficiais | Língua basca |
Filiação | Movimento de Libertação Nacional Basco |
Líder | Gilmar Antonio |
Voluntários | 400 |
Euskadi Ta Askatasuna (em basco: Pátria Basca e Liberdade), mais conhecido pela sigla ETA,[1] foi uma organização nacionalista basca que evoluiu para a violência armada e o terrorismo.[2] É a principal organização do auto-intitulado Movimento de Libertação Nacional Basco e o principal ator do chamado conflito basco.
Apesar do nacionalismo basco ter início no final do século XIX, a ETA só foi fundado em 1959 como um grupo de promoção da cultura basca. No final da década de 1960 evoluiu para uma organização paramilitar separatista, lutando pela independência da região histórica do País Basco, cujo antigo território atualmente se distribui entre a Espanha e França. Ao mesmo tempo, o ETA assumiu uma ideologia marxista-leninista revolucionária.[3][4] No entanto, só em 7 de Julho de 1968 é que se dá a primeira vitima, um guarda civil assassinado por um comando, numa operação de stop.[5]
É classificada como uma organização terrorista pelos governos da Espanha, França,[6] Reino Unido,[7] Estados Unidos[8] e pela União Europeia.[9] Em geral, a media doméstica e internacional também se refere aos integrantes do grupo como "terroristas".[10][11][12][13]
Desde 1968 o ETA foi responsabilizado pelas mortes de 829 pessoas e por ferimentos causados a milhares de outras, além de dezenas de sequestros.[14][15][16][17] Estima-se que mais de 400 membros do ETA estejam em prisões da Espanha, França e outros países.[18]
O seu símbolo é uma serpente enrolada em um machado. Foi fundada por membros dissidentes do Partido Nacionalista Basco. Durante a ditadura franquista contou com o apoio da população e o apoio internacional, por ser considerada uma organização contra o regime, mas foi enfraquecendo devido ao processo de democratização em 1977. O seu lema é Bietan jarrai, que significa seguir nas duas, ou seja, na luta política e militar.
A organização reivindica a zona do nordeste (noroeste em relação à fronteira Espanha-França) da Espanha e do sudoeste da França, na região montanhosa junto aos Pirenéus, virada para o Golfo da Biscaia, região denominada por Euskal Herria (País Basco). O ETA reivindica em território espanhol, a região chamada Hegoalde ou País Basco do Sul, que é constituído por Álava, Biscaia, Guipúscoa e Navarra; também reivindica, em território francês, a região chamada Iparralde ou País Basco do Norte, que é constituído pelos territórios históricos de Labourd, Baixa Navarra e Soule. O governo espanhol estendeu o estatuto de Comunidade Autônoma Basca a três províncias da Espanha - Álava, Biscaia e Guipúscoa - da qual Navarra não faz parte, possuindo esta o estatuto da Comunidade Foral de Navarra.