Falogocentrismo, em teoria crítica desconstrutivista (pós-estruturalista), é um neologismo cunhado por Jacques Derrida para se referir à postura, convicção ou comportamento baseados na ideia da superioridade masculina, simbolizada no falo.[1] Trata uma estrutura ou estilo de pensamento, linguagem ou escrita (muitas vezes considerada como típica da filosofia, cultura ou literatura tradicionais do Ocidente), desconstruída como expressão das atitudes masculinas e enfatização da superioridade masculina; em que o falocentrismo é implicitamente comunicado por ou através da linguagem.[2]
Falogocentrismo é um termo cunhado por Jacques Derrida que combinou as palavras falocentrismo e logocentrismo para produzir uma crítica às teses de Jacques Lacan no célebre seminário sobre o conto de Edgar Allan Poe The Purloined Letter. Trata-se, portanto, de uma amálgama que parece associar as noções dos termos amalgamados: falocentrismo como "doutrina ou crença centrada no falo, especialmente na convicção da superioridade do sexo masculino"; e logocentrismo, palavra que também ganhou uso com o filósofo Derrida (1930-2003), para designar a "centralidade do logos no pensamento ocidental, questionável em decorrência do seu caráter metafísico, fruto de uma consciência interiorizada que se expressa especialmente através da linguagem falada e empreende uma investigação ontológica da realidade". Este termo é utilizado na crítica feminista para denotar "a dominação masculina, evidente no facto de o falo ser sempre aceite como o único ponto de referência, o único modo de validação da realidade cultural". A mulher é sempre olhada com base na sua relação ao homem, que na sociedade dominada pelo falogocentrismo, deixa-se prevalecer os aspectos que lhe faltam por oposição à plenitude do homem.[3][4][5]