Grafeno

Representação gráfica do grafeno, um retículo hexagonal feito inteiramente de átomos de carbono

O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono,[1] assim como o diamante, o grafite, os nanotubos de carbono e fulerenos. O termo grafeno foi proposto como uma combinação de grafite e o sufixo -eno por Hanns-Peter Boehm.[2][3] Foi ele quem descreveu as folhas de carbono em 1962.[4]

Quando de alta qualidade, costuma ser muito forte, leve, quase transparente, um excelente condutor de calor e eletricidade. É o material mais forte já encontrado, consistindo em uma folha plana de átomos de carbono densamente compactados em uma grade de duas dimensões.[5] É um ingrediente para materiais de grafite de outras dimensões, como fulerenos 0D, nanotubos 1D ou grafite 3D.[5]

Basicamente, o grafeno é um material constituído por uma camada extremamente fina de grafite, com a diferença de que possui uma estrutura hexagonal cujos átomos individuais estão distribuídos, gerando uma fina camada de carbono. Na prática, o grafeno é o material mais forte, mais leve e mais fino (espessura de um átomo) que existe. Para se ter ideia, 3 milhões de camadas de grafeno empilhadas têm altura de apenas 1 milímetro.[1] A espessura do grafeno, é razoável considerar como 0,34 nm. Teoricamente seria superado, em resistência e dureza, pelo carbono acetilênico linear (carbino).

Na época em que foi isolado, muitos pesquisadores que estudavam nanotubos de carbono já estavam bem familiarizados com a composição, a estrutura e as propriedades do grafeno, que haviam sido calculadas décadas antes.[6] A combinação de familiaridade, propriedades extraordinárias e surpreendente facilidade de isolamento permitiu uma explosão nas pesquisas sobre o grafeno. O Prêmio Nobel de Física de 2010 foi atribuído a Andre Geim e Konstantin Novoselov da Universidade de Manchester por experiências inovadoras em relação ao grafeno.[7]

  1. a b Carvalho, Caio. «Grafeno: conheça o material que vai revolucionar a tecnologia do futuro». Canaltech. Consultado em 15 de setembro de 2020 
  2. H. P. Boehm, R. Setton, E. Stumpp (1994). «Nomenclature and terminology of graphite intercalation compounds». Pure and Applied Chemistry. 66 (9): 1893–1901. doi:10.1351/pac199466091893 
  3. H. C. Schniepp, J.-L. Li, M. J. McAllister, H. Sai, M. Herrera-Alonso, D. H. Adamson, R. K. Prud’homme, R. Car, D. A. Saville, I. A. Aksay (2006). «Functionalized Single Graphene Sheets Derived from Splitting Graphite Oxide». The Journal of Physical Chemistry B. 110 (17): 8535–8539. PMID 16640401. doi:10.1021/jp060936f 
  4. H. P. Boehm, A. Clauss, G. O. Fischer, U. Hofmann (1962). «Das Adsorptionsverhalten sehr dünner Kohlenstoffolien». Zeitschrift für anorganische und allgemeine Chemie. 316 (3–4): 119–127. doi:10.1002/zaac.19623160303 
  5. a b «Ato de Equilíbrio». Scientific American Brasil. Dezembro de 2011. Consultado em 25 de novembro de 2011. Arquivado do original em 18 de maio de 2018 
  6. Pastrana-Martínez, Luisa M.; Morales-Torres, Sergio; Gomes, Helder T.; Silva, Adrián M.T. (março de 2013). «Nanotubos e Grafeno: Os primos mais jovens na família do carbono!» (PDF). Consultado em 15 de setembro de 2020 
  7. «The Nobel Prize in Physics 2010». NobelPrize.org (em inglês). 2010. Consultado em 15 de setembro de 2020 

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