Guerra da Coreia | |||
---|---|---|---|
Parte do Conflito coreano e da Guerra Fria | |||
Data | 25 de junho de 1950 – 27 de julho de 1953 [nota 1] | ||
Local | Península da Coreia | ||
Desfecho | Cessar-fogo e estabelecimento de uma zona desmilitarizada no Paralelo 38° N, que separa as duas Coreias. | ||
Beligerantes | |||
Comandantes | |||
Forças | |||
| |||
Baixas | |||
| |||
A Guerra da Coreia (em sul-coreano hangul: 한국전쟁; hanja: 韓國戰爭; rr: Hanguk Jeonjaeng, "Guerra Coreana"; em norte-coreano hangul: 조국해방전쟁; hanja: 祖國解放戰爭; MR: Choguk haebang chǒnjaeng, "Guerra de Libertação da Pátria"; 25 de junho de 1950 – 27 de julho de 1953)[13][14] foi um conflito armado travado entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, no contexto macro da Guerra Fria.[15][16] As Nações Unidas, com os Estados Unidos como sua principal força, vieram em ajuda aos sul-coreanos. A China, por sua vez, interveio em favor do norte, com a União Soviética dando-lhes apoio logístico e político.
A Coreia foi governada pelo Japão desde 1910 até ao final da Segunda Guerra Mundial. Em agosto de 1945, os soviéticos declararam guerra contra os japoneses, como resultado de um acordo feito com os Estados Unidos e libertaram o norte do Paralelo 38. Tropas estadunidenses, logo em seguida, se moveram para ocupar o sul da península. Em 1948, como resultado do início da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, a península coreana foi dividida em duas regiões, com governos separados. Representantes da zona sul (capitalista, de influência americana) e da zona norte (comunista, de influência soviética) afirmavam, cada um, ser o legítimo governo da Coreia, e nenhum lado aceitava as fronteiras da época como permanentes. O conflito escalou para uma guerra aberta total quando os norte-coreanos, apoiados belicamente pelos soviéticos e chineses, invadiram o sul, em 25 de junho de 1950. Naquele período, o Conselho de Segurança das Nações Unidas reconheceu isto como uma invasão ilegal e exigiu um cessar-fogo.[17] A 27 de junho, o Conselho da ONU aprovou a Resolução 83, condenando a invasão e despachando uma tropa sob a bandeira das Nações Unidas para restabelecer a paz na península coreana. Cerca de vinte e um países comprometeram forças militares para a missão da ONU, sendo que 88% desses soldados eram, na verdade, americanos.
Após dois meses de guerra, parecia que a Coreia do Sul iria ser sobrepujada pelos norte-coreanos. Contudo, as forças da ONU, compostas principalmente por tropas dos Estados Unidos, detiveram os comunistas no perímetro de Pusan. Em setembro de 1950, os Aliados lançaram uma contra-ofensiva em Incheon e impuseram um grande revés ao exército da Coreia do Norte. Utilizando de sua superioridade bélica e de recursos, os Estados Unidos e seus aliados continuaram a forçar o recuo dos norte-coreanos até além de suas próprias fronteiras, o que levou a China a agir, mandando os seus exércitos cruzarem o rio Yalu, entrando oficialmente na guerra em favor do norte. Isso forçou as forças da ONU a recuar.
A intervenção chinesa acabou levando a guerra a um impasse. A cidade de Seul, capital da Coreia do Sul, por exemplo, trocou de mãos quatro vezes. Assim, os dois últimos anos do conflito se arrastaram numa guerra de atrito, com as linhas de frente se mantendo relativamente firmes no Paralelo 38. A guerra no ar, contudo, continuou intensamente disputada. Enquanto os Estados Unidos submetiam as cidades norte-coreanas a bombardeios aéreos constantes, os céus sobre a península coreana viram intensos combates, especialmente entre caças a jato (a primeira vez que isso aconteceu na história). Pilotos de todo o mundo comunista lutaram ao lado do norte, enquanto pilotos ocidentais (a maioria americanos e europeus) apoiavam os sul-coreanos. Algumas das maiores batalhas aéreas aconteceram na chamada "Alameda dos Migs", onde dúzias de aviões foram perdidos, por ambos os lados.
A luta se arrastou por três anos até que, em 27 de julho de 1953, um armistício foi assinado. O acordo firmou a Zona Desmilitarizada da Coreia a fim de separar o Norte e o Sul, e permitiu a troca de prisioneiros. Contudo, nenhum tratado de paz formal foi assinado entre as partes envolvidas, o que faz com que as duas Coreias estejam, tecnicamente, ainda em guerra.[18][19] Desde então, ambos os países continuam com provocações mútuas e até atos de violência, com os governos nutrindo muita animosidade um pelo outro. Em abril de 2018, os líderes das duas Coreias se reuniram na Zona Desmilitarizada e concordaram em trabalhar para assinar um tratado de paz para encerrar oficialmente a guerra.[20]
Erro de citação: Existem etiquetas <ref>
para um grupo chamado "nota", mas não foi encontrada nenhuma etiqueta <references group="nota"/>
correspondente