Habitus

Habitus é um sistema de disposições incorporadas, tendências que organizam as formas pelas quais os indivíduos percebem o mundo social ao seu redor e a ele reagem[1] (em termos de classe social, religião, nacionalidade, etnia, educação, profissão etc.), como o habitus é adquirido através de mimesis[2] e reflete a realidade vivida a que os indivíduos são socializados, sua experiência individual e oportunidades objetivas. Assim, o habitus representa a forma como a cultura do grupo a história pessoal moldam o corpo e a mente e, como resultado, moldam a ação social no presente.[3]

O conceito de habitus — também conhecido como capital cultural incorporado[4] — foi desenvolvido pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu com o objetivo de pôr fim à antinomia indivíduo/sociedade dentro da sociologia estruturalista.[5] Relaciona-se à capacidade de uma determinada estrutura social ser incorporada pelos agentes por meio de disposições para o seu modo de ser — sentir, pensar, agir.

  1. LIZARDO, OMAR (1 de dezembro de 2004). «The Cognitive Origins of Bourdieu's Habitus». Journal for the Theory of Social Behaviour (em inglês). 34 (4): 375–401. ISSN 1468-5914. doi:10.1111/j.1468-5914.2004.00255.x 
  2. Bourdieu, Pierre; Nice, Richard (1977). «Outline of a Theory of Practice». Cambridge Core (em inglês). doi:10.1017/CBO9780511812507 
  3. Liebel, Vinícius (dezembro de 2016). «O historiador e o trato com as fontes pictóricas - a alternativa do método documentário». Topoi (Rio de Janeiro) (33): 372–398. ISSN 2237-101X. doi:10.1590/2237-101x01703303. Consultado em 14 de março de 2024 
  4. «Bourdieu - Os três estados do capital cultural». Scribd (em inglês). Consultado em 2 de abril de 2018 
  5. BOURDIEU, Pierre. A Dominação Masculina Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2003, p 64.

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