Heterocronia

Girafas adquiriram seus longos pescoços por meio de heterocronia, ao estender o período de desenvolvimento que influencia o crescimento das sete vértebras do  pescoço no embrião, foi possível adicionar comprimento, sem adicionar mais ossos[1]

Na biologia evolutiva do desenvolvimento, heterocronia é qualquer diferença geneticamente controlada no momento, frequência ou duração da ocorrência do processo do desenvolvimento em um organismo, em comparação com seus ancestrais ou com outros organismos. Isso leva a mudanças em tamanho, forma, caracteres e até mesmo na presença de determinados órgãos ou funcionalidades. É contrastada com a heterotopia, que é uma mudança no posicionamento espacial de algum processo no embrião, que pode também resultar em inovações morfológicas. Heterocronia pode ser dividida em heterocronia intraespecífica, quando a variação ocorre dentro de uma mesma espécie, e heterocronia interespecífica, quando há variação filogenética, ou seja, variação de uma espécie descendente em relação a uma espécie ancestral.

Todas as mudanças heterocrônicas afetam o início, fim, taxa (velocidade) ou duração de um determinado processo de desenvolvimento. O conceito de heterocronia foi introduzido por Ernst Haeckel em 1875 e ganhou seu sentido atual, reformulado por Gavin de Beer em 1930.

  1. Hillis, David M. (Maio 2011). Principles of Life. [S.l.]: Palgrave Macmillan. pp. 280–. ISBN 978-1-4641-6298-5 

Heterocronia

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