Hipoglicemia | |
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Glicosímetro | |
Especialidade | Endocrinologia |
Sintomas | Desorientação, dificuldade em falar, confusão, perda de consciência, crises epiléticas[1] |
Início habitual | Rápido[1] |
Causas | Antidiabéticos (insulina e sulfonilureias), sepse, insuficiência renal, alguns tumores, doenças do fígado[1][2][3] |
Método de diagnóstico | Glicose no sangue >70 mg/dL (3,9 mmol/L) num diabético[1] |
Tratamento | Alimentos ricos em açúcares simples, dextrose, glicagina[1] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | E16.0-E16.2 |
CID-9 | 250.8, 251.0, 251.1, 251.2, 270.3, 775.6, 962.3 |
CID-11 | 1004695600 |
DiseasesDB | 6431 |
MedlinePlus | 000386 |
eMedicine | emerg/272 med/1123 med/1939 ped/1117 |
MeSH | D007003 |
Leia o aviso médico |
Hipoglicemia é uma condição em que a taxa de glicose no sangue diminui para valores inferiores ao normal.[1] A condição causa vários sintomas, entre os quais desorientação, dificuldade em falar, estado de confusão, perda de consciência, convulsões ou morte.[1] Podem ainda estar presentes sintomas como fome, sudação em excesso, tremores e fadiga.[1] Geralmente os sintomas manifestam-se de forma súbita.[1] A condição oposta é a hiperglicemia.
A causa mais comum de hipoglicemia são os medicamentos antidiabéticos usados no tratamento da diabetes, como a insulina e as sulfonilureias.[2][3] O risco é maior em diabéticos que comeram menos do que é habitual ou que ingeriram bebidas alcoólicas.[1] Entre outras possíveis causas estão a insuficiência renal, alguns tumores como o insulinoma, doenças hepáticas, hipotiroidismo, inanição, erro metabólico hereditário, infeções graves, hipoglicemia reativa e uma série de drogas, incluindo álcool.[1][3] A hipoglicemia pode também ocorrer em bebés de outro modo saudáveis que não tenham comido durante várias horas.[4]
A taxa de glicose no sangue que define a hipoglicemia varia.[1] Em pessoas com diabetes, o diagnóstico corresponde a uma taxa inferior a 3,9 mmol/L (70 mg/dL).[1] Em adultos sem diabetes, o diagnóstico é confirmado quando se verifica simultaneamente sintomas relacionados com a hipoglicemia, baixa glicose no sangue durante os sintomas, e melhoria desses sintomas assim que a taxa regressa ao normal.[5] Quando não se manifestam sintomas, pode ser usado um valor de referência inferior a 2,8 mmol/L (50 mg/dL) em jejum ou após a realização de exercício físico.[1] Em recém-nascidos, uma taxa inferior a 2,2 mmol/L (40 mg/dL), ou inferior a 3,3 mmol/L (60 mg/dL) quando acompanhada de sintomas, indica a presença de hipoglicemia.[4] Os valores de glicose são medidos com análises ao sangue. Entre outros exames que podem ser úteis para determinar a causa estão os valores de insulina e de peptídeos-C no sangue.[3]
Em diabéticos, a prevenção da hipoglicemia consiste em adequar a dieta à quantidade de exercício físico praticado e aos medicamentos usados.[1] Quando as pessoas sentem que a taxa de glicose pode estar a diminuir, recomenda-se o uso de um medidor de glicemia portátil.[1] Como algumas pessoas manifestam poucos sintomas iniciais quando a taxa de glicose diminui, recomenda-se a este grupo que monitorize frequentemente a taxa de glicose. O tratamento consiste em ingerir alimentos ricos em açúcares simples ou na toma de dextrose.[1] Nos casos em que a pessoa não consegue ingerir alimentos pela boca, pode ser necessária uma injeção de glicagina.[1] O tratamento da hipoglicemia sem relação com a diabetes consiste em tratar também o problema subjacente e numa dieta saudável.[1]