Johannes Kepler | |
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Johannes Kepler (1620), autor desconhecido | |
Leis de Kepler | |
Nascimento | Johannes Kepler 27 de dezembro de 1571 Weil der Stadt |
Morte | 15 de novembro de 1630 (58 anos) Ratisbona, Baviera, Alemanha |
Sepultamento | Ratisbona |
Cidadania | Ducado de Württemberg |
Progenitores |
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Cônjuge | Barbara Müller, Susanne Reuttinger |
Irmão(ã)(s) | Margarethe Maickler |
Alma mater | Universidade de Tübingen |
Ocupação | naturalista, astrólogo, teólogo protestante, matemático, astrônomo, musicólogo, físico, cosmólogo, teórico musical, filósofo, escritor, professor, inventor |
Distinções |
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Empregador(a) | Universidade de Graz, Rodolfo II do Sacro Império Romano-Germânico, Linz |
Orientador(a)(es/s) | Michael Maestlin[1] |
Instituições | Universidade de Linz |
Campo(s) | Astronomia, astrologia, matemática, filosofia natural |
Obras destacadas | Astronomia Nova, Harmonices Mundi, Epitome Astronomiae Copernicanae, De Cometis Libelli Tres, Rudolphine Tables |
Religião | luteranismo |
Assinatura | |
Johannes Kepler (Weil der Stadt, 27 de dezembro de 1571 — Ratisbona, 15 de novembro de 1630) foi um astrônomo, astrólogo[2] e matemático alemão. Considerado figura chave da revolução científica do século XVII, é todavia célebre por ter formulado as três leis fundamentais da mecânica celeste, denominadas Leis de Kepler, tendo estas sido codificadas por astrônomos posteriores com base nas suas obras Astronomia Nova, Harmonices Mundi e Epítome da Astronomia de Copérnico. Essas obras também forneceram uma das bases para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton.
Durante sua carreira, Kepler foi professor de matemática em uma escola seminarista em Graz, Áustria, um assistente do astrônomo Tycho Brahe, o matemático imperial do imperador Rodolfo II e de seus dois sucessores, Matias I e Fernando II. Também foi professor de matemática em Linz, Áustria, e conselheiro do general Wallenstein. Adicionalmente, fez um trabalho fundamental no campo da ótica, inventou uma versão melhorada do telescópio refrator e ajudou a legitimar as descobertas telescópicas de seu contemporâneo Galileu Galilei.
Kepler viveu numa época em que não havia nenhuma distinção clara entre astronomia e astrologia, mas havia uma forte divisão entre a astronomia (um ramo da matemática dentro das artes liberais) e a física (um ramo da filosofia natural). Kepler também incorporou raciocínios e argumentos religiosos em seu trabalho, motivado pela convicção religiosa de que Deus havia criado o mundo de acordo com um plano inteligível, acessível através da luz natural da razão.[3] Kepler descreveu sua nova astronomia como "física celeste",[4] como "uma excursão à Metafísica de Aristóteles"[5] e como "um suplemento de Sobre o Céu de Aristóteles",[6] transformando a antiga tradição da cosmologia física ao tratar a astronomia como parte de uma física matemática universal.[7]