Leonid Ilitch Brejnev, em russo ⓘ, transl. Leonid Ilitch Brejnev, pron. Lyeaníd Ilítch Bryéjnyév (Kamianske, 19 de dezembro de 1906 — Moscou, 10 de novembro de 1982) foi um estadista soviético que esteve à frente da liderança da União Soviética entre 1964 e 1982. Chefiou o Partido Comunista, tendo presidido o Soviete Supremo de 1977 até a sua morte.
Teve sob seu comando o maior exército do mundo na época e um imenso arsenal nuclear, no período em que a URSS chegou ao seu ápice geopolítico. As principais conquistas políticas de Brejnev durante a sua liderança foram a retomada das relações diplomáticas soviéticas com diversos países, as iniciativas de cooperação, junto das potências ocidentais, pela paz mundial e a tentativa da criação de um bem-estar social em seu país. Também teve influente participação na expansão do socialismo a sua maior extensão, financiando revoluções armadas ao redor do globo. O ponto culminante na política de distensão, conhecida como détente ou razryadka, foi o tratado da Conferência de Helsinki de 1975, que determinava, de maneira categórica, as fronteiras europeias posteriores à Segunda Guerra Mundial.
Em termos políticos, a liderança de Brejnev perante a União Soviética representou o retorno do poder stalinista, tendo ele inclusive tentado uma má sucedida reabilitação do nome de Josef Stalin.[1] Em termos culturais, deu fim às campanhas antirreligiosas iniciadas em 1958 e premiou o patriarca Pemeno I com a Ordem do Estandarte Vermelho, aumentando a liberdade religiosa na União Soviética, como forma de retomar e não degradar ainda mais a tradição cultural e religiosa da Rússia, em parte ameaçada pela política soviética.[2][3][4]
Em 1972, foi-lhe atribuído o Prêmio Lênin da Paz. Por suas contribuições na Grande Guerra Patriótica, recebeu a mais alta condecoração cívica que um cidadão soviético podia receber, Herói da União Soviética. Morre de forma suspeita em 1982, provavelmente de overdose, estimulada por sua enfermeira, associada à polícia secreta, chefiada por Iuri Andropov, o presumido sucessor de Brejnev.[5] Menos de dez anos após a sua morte, durante o governo de Mikhail Gorbatchov, uma crise tomaria conta da URSS, levando o país ao caos e posteriormente à desintegração. Por esse motivo, os anos Brejnev são muitas vezes lembrados como anos dourados.[6]
The Soviet Union was the first state to have as an ideological objective the elimination of religion