Machismo

 Nota: Não confundir com Masculinismo, nem com machismo russo (conceito para a filosofia de Ernst Mach).
O conceito de machismo também pode ser atribuído à masculinidade,[1] além da representação negativa por conta de uma alegada "superioridade masculina".[2]

Machismo (do espanhol e do português "macho")[nota 1][3] é uma forma de discriminação sexista misógina associada a "uma masculinidade exagerada"[4][5] que prega a inferioridade da mulher e a ideia de que o homem é o líder superior.[6][7] Basicamente, refere-se à suposição de que a masculinidade é superior à feminilidade (conceito semelhante à masculinidade hegemônica de R.W. Connell),[8] no sentido de que supostos traços femininos entre homens (os traços historicamente vistos como femininos entre as mulheres) devem ser considerados indesejáveis, socialmente reprováveis ​​ou desvios.

O termo é universalmente usado para descrever um conjunto negativo de comportamentos hipermasculinos,[9] que coloca homens em uma posição dominante sobre as mulheres e outros homens,[10] e tem sido usado de várias maneiras para coisas diferentes, às vezes contraditórias, sendo tipicamente associado como uma imputação de traços de caráter negativos relacionados à masculinidade.[11] As atitudes e os comportamentos machistas podem ser mal vistos ou encorajados em vários graus em várias sociedades ou subculturas - embora seja frequentemente associado a matizes patriarcais, principalmente nas visões atuais do passado.[12]

Na América Latina, a cientista política Evelyn Stevens identifica o machismo como o "outro lado do marianismo" ao explicar o fenômeno latino de considerar mulheres "santas ou prostitutas".[13][14] Durante o movimento de libertação feminina das décadas de 1960 e 1970, o termo começou a ser usado por feministas latino-americanas para descrever a agressão masculina e a violência. O termo foi usado por feministas latinas e estudiosos para criticar a estrutura patriarcal das relações de gênero nas comunidades latinas. Seu objetivo era descrever uma determinada marca latino-americana de patriarcado.[12][15]

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  2. Minayo, Maria C. de Souza (2005). «Laços perigosos entre machismo e violência»: 4 págs. Consultado em 27 de junho de 2015 
  3. «machismo» (em inglês). Merriam-Webster. 18 de fevereiro de 2018. Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  4. «Machismo» (em inglês). Encyclopædia Britannica, inc. 11 de dezembro de 2015. Consultado em 27 de fevereiro de 2020 
  5. Morales, Edward. S. Gender roles among Latino gay and bisexual men: Implications for family and couple relationships. In, J. Laird & R. J. Green (Eds.), Lesbians and gays in couples and families: A handbook for therapists. pp. 272-297. San Francisco: Jossey-Bass. 1996.
  6. Caplan, Paula (1990). «Delusional Dominating Personality Disorder». Activist Men's Journal (em inglês). (Volume 17) (Número 1): 171-174. doi:10.1177/0959353591011020 
  7. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. Michaelis. [S.l.]: Editora Melhoramentos. 992 páginas. ISBN 9780586054970 
  8. Connell, R. W. (1995). Masculinities. Los Angeles, California, United States: University of California Press
  9. Frederick T. Leong (25 de abril de 2008). Encyclopedia of Counseling (em inglês). [S.l.]: SAGE Publications. p. 1301. ISBN 978-1-4522-6595-7 
  10. Sana Loue; Martha Sajatovic (25 de novembro de 2011). Encyclopedia of Immigrant Health. [S.l.]: Springer Science & Business Media. pp. 1029–1030. ISBN 978-1-4419-5655-2  (em inglês)
  11. Richard T. Schaefer (20 de março de 2008). Encyclopedia of Race, Ethnicity, and Society. [S.l.]: SAGE Publications. p. 953. ISBN 978-1-4522-6586-5 
  12. a b Opazo, R. M (2008). Latino Youth and Machismo: Working Towards a More Complex Understanding of Marginalized Masculinities. Retrieved From Ryerson University Digital Commons Thesis Dissertation Paper 108. http://digitalcommons.ryerson.ca/dissertations/108
  13. Zaira A. (2000). Masculino y femenino en el imaginario católico: De la Acción Católica a la Teología de la Liberación São Paulo: Annablume Editora.
  14. Marianismo: Origin and Meaning Arquivado em 2006-08-30 no Wayback Machine
  15. Ramirez, R, translated by Rosa Casper (1999). What Means to be a Man: Reflections on Puerto Rican Masculinity. Rutgers University Press: New Brunswick, NJ.


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