Mars One foi um projeto criado em 2011 pelo engenheiro holandês, Bas Lansdorp, para instalar uma colônia humana permanente no planeta Marte e ocupá-la a partir de 2025. A ideia-base do projeto era que uma missão tripulada a Marte, projeto constantemente adiado pelas agências espaciais, é viável hoje com custos moderados (6 bilhões de dólares para a primeira fase[1]) usando tecnologias existentes, desde que se elimine a etapa de retorno, isto é, que as viagens sejam só de ida.
O projeto seria financiado através da exploração da expedição pela mídia, sob o modelo de reality show; Bas Lansdorp afirma, em fevereiro de 2014: "As pessoas não entendem que Mars One não é um Big Brother, e é lamentável ... Pretendo, na verdade, transmitir esse evento à maneira dos jogos olímpicos: serão jogos de exploração."[2] Mars One recusava-se a aceitar verba governamental, para não perder sua independência e evitar burocracia.
Críticos não imaginam como uma missão de colonização a Marte de 6 bilhões de dólares pode ser capitalizada apenas com patrocínios.[3][4] Para se ter uma ideia, apenas a sonda Curiosity custou sozinha 2,5 bilhões de dólares.[5] Não obstante, Mars One conta com "embaixadores" [6] de peso, como Gerardus 't Hooft, Prêmio Nobel de física de 1999, e a simpática mascote Alyssa Carson,[7] . Contava também com um leque respeitável de conselheiros,[8] dentre os quais o Dr. Robert Zubrin, presidente da Mars Society e autor de The Case for Mars. Nas palavras de 't Hooft:"Este projeto me parece ser a única maneira de realizar os sonhos de expansão da humanidade no espaço. Soa como uma experiência incrivelmente fascinante."