Morna | |
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Cesária Évora, alcunhada de Rainha da Morna, foi a maior difusora do gênero no mundo. | |
Origens estilísticas | Lundu, choro |
Contexto cultural | Século XVIII na Ilha da Boa Vista |
Instrumentos típicos | Guitarra, cavaquinho, violino, piano, diversos instrumentos de percussão. |
Popularidade | Popular em Cabo Verde. |
Morna, a prática musical de Cabo Verde | |
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Património Cultural Imaterial da Humanidade | |
País(es) | ![]() |
Domínios | Tradições e expressões orais Usos sociais, rituais e atos festivos |
Referência | en fr es |
Região | África |
Inscrição | 2019 (14.ª sessão) |
Lista | Lista Representativa |
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A morna é um género musical e de dança de Cabo Verde proclamado Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO a 11 de dezembro de 2019[1][2]. Tradicionalmente tocada com instrumentos acústicos, a morna reflecte a realidade insular do povo de Cabo Verde, o romantismo intoxicante dos seus trovadores e o amor à terra (ter de partir e querer ficar).
Nos últimos anos, a morna foi levada a ser conhecida internacionalmente por vários artistas, nomeadamente em França e nos Estados Unidos, sendo a mais famosa Cesária Évora. O timbre da voz desta diva conquistou e alargou o público da morna, de Cabo Verde até o Olympia, passando pelo Carnegie Hall, pelo Hollywood Bowl e pelo Canecão.
A morna é o género musical que mais identifica o povo cabo-verdiano. Trata-se verdadeiramente de um símbolo nacional, do mesmo modo que o tango é para a Argentina, a rumba para Cuba, o samba para o Brasil, o fado para Portugal, etc. Alguns géneros musicais de Cabo Verde podem ser mais ou menos apreciados pelos nativos conforme a idade do ouvinte, a época, a ilha de origem, o gosto pessoal, mas a morna é o único género que consegue ser largamente transversal a todos os grupos etários, cronologicamente, geograficamente, etc.
É também o único género que sempre gozou de mais prestígio e de um carácter mais «nobre» em Cabo Verde.