Nimravidae


Nimravidae
Ocorrência: Eocénico inferior - Miocénico superior
Esqueleto de Hoplophoneus
Esqueleto de Hoplophoneus
Estado de conservação
Extinta (fóssil)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Subordem: Feliformia
Família: Nimravidae
Cope, 1880
Subfamílias
  • Nimravinae
  • Hoplophoninae
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Os Nimravidae, também conhecidos como falsos dentes-de-sabre, são uma família extinta dos mamíferos carnívoros. Apesar de fisicamente lembrar os tigres dentes-de-sabre do gênero Smilodon, eles não são felideos, mas parentes inclusos na mesma subordem, Feliformia, tendo evoluído paralelamente em formas similares.[1][2]

Os ancestrais dos nimravídeos divergiram de seu ancestral comum ao dos felideos, os viverrídeos, há cerca de 55 milhões de anos. Os primeiros fósseis reconhecíveis como nimravídeos são datados como sendo do fim do Eoceno (36 milhões de anos atrás). A diversidade dos nimravídeos aparentemente teve seu ápice cerca de 28 milhões de anos atrás e o grupo extinguiu-se no fim do Mioceno (5 milhões de anos).

Os nimravídeos distinguem-se dos verdadeiros gatos pelas características do crânio, nomeadamente pela estrutura do ouvido interno, e pela presença de uma falange óssea no maxilar inferior, onde encaixava o comprimento dos dentes caninos superiores, variável com a espécie, ficando assim protegidos de serem danificados. Esta última característica está também presente no grupo dos verdadeiros dentes-de-sabre (felinos macairodontídeos) e é muito notória nos dentes-de-sabre marsupiais (família Thylacosmilidae). No aspecto geral, os nimravídeos tinham corpos musculosos e parecido com o dos felinos, embora com as pernas fossem mais curtas e estrutura mais robusta. A cauda tinha comprimento variável de acordo com a espécie, mas era geralmente mais curta do que os gatos típicos possuem. Os nimravídeos possuíam garras retrácteis. A maior das espécies (da sub-família Barbourofelinae) chegava a atingir o tamanho de um urso pardo moderno. A dentição dos nimravídeos era bastante diferente à dos felinos modernos, que têm 44 dentes.

Sabe-se muito pouco dos comportamentos dos nimravídeos. As suas pernas curtas tornam pouco provável que fossem capazes de sustentar longas corridas, daí supor-se que a maioria das espécies caçasse de emboscada, mas algumas têm uma estrutura corporal que lhes permitia atingir grande velocidade em corridas curtas. Um crânio de Nimravus encontrado na América do Norte mostra uma perfuração de dimensões semelhantes à de um dente-de-sabre de Eusmilus, que provocou a morte do animal. Esta descoberta mostra que a relação destas espécies de nimravídeo envolvia competição.

As formas mais recentes de nimravídeos, como Barbourofelis, levaram tão longe a tendência do grupo à robustez, volume muscular e ao tamanho dos caninos, que se imagina que tais animais eram predadores especializados na caça de presas lentas e de grande tamanho (como certas espécies pré-históricas de rinoceronte).

  1. «Nimravidae». Sistema Global de Informação sobre Biodiversidade (em inglês). Consultado em 2 de outubro de 2020 
  2. «Nimravidae». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 2 de outubro de 2020 

Nimravidae

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