Orangotango | |
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Classificação científica | |
Espécie-tipo | |
Pongo borneo Lacépède, 1799 | |
Distribuição geográfica | |
Mapa de distribuição das três espécies orangotangos.
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Espécies | |
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Sinónimos | |
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O orangotango (cujo nome vem de duas palavras da língua malaia que juntas significam "pessoa da floresta")[1] é um género de exclusivamente três espécies asiáticas de hominídeos. Nativos da Indonésia e da Malásia, os orangotangos são encontrados somente nas florestas tropicais de Bornéu e da Sumatra. Classificado no género Pongo, orangotangos foram considerados uma espécie única. No entanto, desde 1996, eles foram divididos em duas espécies: o orangotango-de-bornéu (P. pygmaeus, com 3 subespécies) e o orangotango-de-sumatra (P. abelii). Em novembro de 2017, foi identificada uma terceira espécie de orangotangos, o orangotango-de-tapanuli (P. tapanuliensis).[2][3]
Baseado no sequenciamento de genomas, o P. tapanuliensis separou-se dos orangotangos-de-sumatra, que vivem mais a norte, há cerca de 3,4 milhões de anos. Os orangotangos-de-bornéu também se separaram do grupo dos Tapanuli, mas muito mais tarde - há cerca de 674 mil anos.[4] Os orangotangos são as únicas espécies sobreviventes da subfamília Ponginae, que também incluiu várias outras espécies como as três espécies extintas do género Gigantopithecus, incluindo o maior primata conhecido Gigantopithecus blacki. Os ancestrais da subfamília Ponginae divergiram da principal linhagem dos grandes primatas há aproximadamente 15,7-19,3 milhões de anos.
Os orangotangos são os primatas mais arborícolas e passam a maior parte do seu tempo nas árvores. O seu pêlo é tipicamente marrom-avermelhado, ao contrário do pêlo dos gorilas e dos chimpanzés. Machos e fêmeas diferem em tamanho e aparência. Têm entre 1.1 e 1.5 m de altura e pesa entre 35 e 120 kg, embora os machos adultos geralmente pesam 200 kg,[5] o que o faz a terceira maior espécie de primata do mundo, superado apenas pelo gorila e pelo humano, com quem partilha cerca de 97% dos genes.[1] Os orangotangos são animais territorialistas, para demarcar território o macho dá um grito estrondoso que avisa os outros orangotangos para não entrarem em seu território. São as espécies mais solitárias dos grandes primatas, com laços sociáveis que só ocorrem principalmente entre as mães e seus filhos dependentes. enquanto as fêmeas atingem cerca de 50 kg. Os machos adultos dominantes desenvolvem bochechas ou flanges distintas e fazem chamadas longas que atraem as fêmeas e intimidam os rivais; os machos subordinados mais jovens não possuem estas flanges e mais se parecem com as fêmeas adultas. Os machos adultos só procuram as fêmeas uma vez por ano, na época da seca e acasalam frontalmente.[6] Uma característica sexual notável é o crescimento de "abas" nas laterais da fronte e no pescoço dos machos maduros, o que lhes dá um aspecto bastante peculiar.
As principais ameaças às populações de orangotangos selvagens incluem a caça, destruição do habitat e comércio ilegal de animais para uso de estimação.[7] Segundo os cientistas, restam pouco mais de 100 000 orangotangos no mundo,[8] sendo que o rápido crescimento do ritmo de devastação permite fazer a previsão que a extinção da espécie ocorrerá em algumas décadas.[carece de fontes]
As fêmeas vivem em grupos, mas aparentemente sem a mesma hierarquia encontrada em outras espécies de antropóides e aprendem como cuidar dos filhotes com as fêmeas mais velhas. Os filhotes nascem após nove meses de gestação, passando a ficar agarrados aos pelos longos das costas da mãe. No ambiente silvestre, a taxa reprodutiva é baixa, o que contribui ainda mais para o risco de extinção. Os filhotes ficam em média 8 anos com a mãe, até se tornarem independentes, o que faz as mães orangotangos, as primatas que cuidam por mais tempo os seus filhos (sem contar com o ser humano).
Os orangotangos vivem em média 35 anos a 40 anos em ambiente selvagem e 50 anos em cativeiro.[6]
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