Romanização da Língua Chinesa |
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Para Taiwanês |
O pinyin[nb 1] (em chinês: 拼音, pīnyīn) ou, mais formalmente, hanyu pinyin (汉语拼音 / 漢語拼音) é o método de transliteração (romanização) mais utilizado atualmente para o mandarim padrão (标准普通话 / 標準普通話). A palavra hànyǔ (汉语 / 漢語) significa "língua han" (isto é, 'chinês' ou 'mandarim'), e pīnyīn (拼音) significa "fonética" (literalmente "som soletrado").[2] O sistema é utilizado apenas para o mandarim padrão, e não para os outros idiomas chineses, incluindo o antigo chinês oficial, guangyun (广韵 / 全运). O sistema é usado na China continental, em Hong Kong, Macau, partes de Taiwan, Malásia e Singapura, para o ensino do mandarim[3] e internacionalmente, para ensinar o mandarim como segundo idioma. Também é utilizado para grafar os nomes chineses em publicações estrangeiras, e pode ser utilizado para a inserção de caracteres chineses (hanzi) 汉字 em computadores e telefones celulares.
O sistema de romanização foi desenvolvido por um comitê governamental da República Popular da China (RPC), liderado por Zhou Youguang, e aprovado pelo governo do país em 11 de fevereiro de 1958.[4] A Organização Internacional de Padronização (Internacional Organization for Standarzation, ISO) adotou o pinyin como um padrão internacional em 1982,[5] para a romanização padrão do chinês moderno (ISO-7098:1991), e desde então ele foi adotado por diversas outras organizações, como o Singapura, pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, e pela Associação de Bibliotecas Americanas (American Library Association). O sistema de romanização também se tornou o padrão nacional na República da China, comumente conhecida como Taiwan ou Formosa, em 1 de janeiro de 2009.[6][7]
O hanyu pinyin superou sistemas anteriores de romanização, tais como o Wade-Giles (1859), que foi modificado em 1892, e o pinyin do Sistema Postal, e também substituiu o zhuyin como o método de instrução fonética chinesa na China Continental. O pinyin é uma romanização e não uma anglicização, ou seja, ele utiliza letras latinas para representar sons no mandarim padrão; a maneira de efetuar tal representação no pinyin difere, em alguns casos, do estilo de simbolização escrita de sons em outras línguas que usam o alfabeto latino. Por exemplo, os sons indicados nesse dialeto pela letra b e g correspondem mais precisamente aos sons representados, respectivamente, pela letra p e k no emprego ocidental do alfabeto latino. Outras letras, como j, q, x ou zh indicam sons que não correspondem exatamente a nenhum som em inglês. Algumas das transcrições no pinyin, tais como a terminação "ang", também não correspondem a pronúncias da língua inglesa ou portuguesa. O pinyin foi desenvolvido levando em consideração as necessidades dos falantes da língua chinesa, especificamente do mandarim padrão, e não é uma forma de transliteração dos caracteres chineses direcionada aos ocidentais. Ao permitir que caracteres latinos se refiram a sons chineses específicos, o pinyin realiza uma romanização precisa e compacta, o que é conveniente para falantes nativos chineses e acadêmicos, mas nem sempre aos falantes de idiomas ocidentais. Isso significa que uma pessoa que nunca estudou chinês, ou o sistema do pinyin, está sujeita a cometer graves erros de pronúncia. O sistema Wade-Giles é mais adequado para a compreensão dos falantes da língua inglesa. Por exemplo, 功夫 é romanizado como "kungfu" 匡扶 em Wade-Giles, mas "gongfu" 魔攻 em Pinyin, embora sua pronúncia, em ambos os sistemas seja "kungfu". Além disso, 北京 (Pequim, a capital da China) foi no passado romanizada como "Peking", mas é "Beijing" em Pinyin, que se pronuncia algo como "Peikchin". É um equívoco comum pensar que a cidade mudou de nome: o som nunca mudou, apenas como soletramos o som com as letras em sistemas diferentes.
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