Primeiro impeachment de Donald Trump | |
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A Câmara dos Representantes votando a resolução de impeachment de Trump. | |
Acusado | Donald Trump (Investigado) |
Proponentes | Nancy Pelosi (Presidente da Câmara dos Representantes) Adam Schiff (Presidente do Comitê de Inteligência da Câmara) Jerry Nadler (Presidente do Comitê Judiciário da Câmara) |
Período | 24 de setembro de 2019 a 5 de fevereiro de 2020 |
Situação | Concluído pela absolvição em 5 de fevereiro de 2020 |
Acusações | Abuso de poder e obstrução do Congresso |
Causa | Alegação de que Trump buscou ajuda de autoridades ucranianas para lhe favorecer na eleição presidencial de 2020 |
Votações | |
Na Câmara quanto à acusação de abuso de poder | |
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Resultado | Artigo enviado ao Senado |
Na Câmara quanto à acusação de obstrução do Congresso | |
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Resultado | Artigo enviado ao Senado |
No Senado quanto à acusação de abuso de poder | |
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Resultado | Inocentado da acusação |
No Senado quanto à acusação de obstrução do Congresso | |
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Resultado | Inocentado da acusação |
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O primeiro impeachment de Donald Trump, o 45º presidente dos Estados Unidos, ocorreu em 18 de dezembro de 2019, quando a Câmara dos Representantes aprovou dois artigos de impugnação contra o presidente, acusando-o de abuso de poder e obstrução do Congresso.[1][2] O "impeachment" do presidente ocorreu após um inquérito conduzido pela Câmara revelar que Trump havia solicitado ajuda da Ucrânia para interferir na eleição presidencial de 2020 de modo a favorecer sua candidatura à reeleição.[3] O inquérito indicou que Trump suspendeu o envio de ajuda militar e um convite para que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visitasse a Casa Branca de modo a pressioná-lo a anunciar uma investigação sobre Joe Biden, rival político de Trump, bem como promover a desacreditada teoria de que a Ucrânia, e não a Rússia, estava por trás da interferência estrangeira na eleição de 2016.[4][5]
Desde a posse de Trump, em janeiro de 2017, personalidades, políticos e grupos oposicionistas defendiam a abertura de um processo de impugnação contra ele, majoritariamente por conta da interferência russa na eleição presidencial de 2016, na qual foi acusado de estar envolvido.[6][7][8] Nas eleições de 2018, os republicanos mantiveram a maioria no Senado, mas os democratas recuperaram o controle da Câmara.[9] A nova presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, resistiu em iniciar tal processo.[10][11] No entanto, Pelosi anunciou a abertura de um inquérito de "impeachment" após um delator apresentar uma denúncia contra Trump, na qual alegou que o presidente havia abusado de seu poder.[12]
Após a decisão de Pelosi, iniciou-se imediatamente a fase investigatória, que durou até novembro. Neste período, os deputados realizaram audiências públicas e privadas que colheram depoimentos de testemunhas. Em 10 de dezembro, o Comitê Judiciário relevou os artigos de impugnação contra o presidente Trump: abuso de poder e obstrução do Congresso.[13][14] Ambos os artigos foram aprovados pelo Comitê em 13 de dezembro, seguindo linhas partidárias, e seguiram para votação pelo pleno.[15] Em 18 de dezembro de 2019, a Câmara aprovou os dois artigos, também por linhas partidárias, tornando Trump o terceiro presidente do país a sofrer impeachment.[16]
O processo foi submetido ao Senado, controlado pelo Partido Republicano, ao qual Trump pertencia.[17] Por duas vezes, os senadores republicanos rejeitaram as tentativas de intimar novas testemunhas e documentos.[18][19] Em 5 de fevereiro, Trump foi inocentado pelo Senado de ambas as acusações: por 52 a 48 votos da acusação de abuso de poder e por 53 a 47 da acusação de obstrução do Congresso.[20] Todos senadores democratas e independentes consideraram o presidente culpado. Um único republicano, Mitt Romney, votou a favor da acusação de abuso de poder, tornando-se o primeiro senador dos EUA a votar para condenar um presidente de seu próprio partido em um julgamento de impeachment.[21]