Toxoplasmose | |
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Tacozoítos de T. gondii | |
Especialidade | Infectologia |
Sintomas | Geralmente nenhum[1][2] |
Complicações | Toxoplasmose congénita: morte fetal, aborto espontâneo, défices neurológicos[3] |
Causas | Infeção com Toxoplasma gondii[4] |
Fatores de risco | Alimentos mal cozinhados, exposição a fezes de gato infetadas[4] |
Método de diagnóstico | Análises ao sangue e ao líquido amniótico test[5] |
Tratamento | Durante a gravidez: espiramicina ou pirimetamina/sulfadiazina e ácido folínico[6] |
Frequência | Até 50%; 200 000 casos de toxoplasmose congénita por ano[3][7] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | B58 |
CID-9 | 130 |
CID-11 | 738999268 |
DiseasesDB | 13208 |
MedlinePlus | 000637 |
eMedicine | med/2294 |
MeSH | D014123 |
Leia o aviso médico |
Toxoplasmose é uma doença parasitária causada pelo protozoário Toxoplasma gondii.[4] As infeções de toxoplasmose geralmente não causam sintomas óbvios em adultos.[2] Em alguns casos pode ocorrer síndrome gripal ligeira durante algumas semanas ou meses, com sintomas como dor muscular e sensibilidade nos gânglios linfáticos.[1] Numa pequena percentagem de pessoas podem-se desenvolver problemas de visão.[1] Em pessoas imunossuprimidas, podem ocorrer sintomas graves, como crise epilépticas ou falta de coordenação motora.[1] Quando a primeira infeção ocorre durante a gravidez, a doença pode ser transmitida de mãe para filho pela placenta, uma condição denominada toxoplasmose congénita.[1] A toxoplasmose congénita está associada a morte fetal e aborto espontâneo e, em crianças, está associada a défices neurológicos, neurocognitivos e corioretinite.[3]
A toxoplasmose é geralmente transmitida por via da ingestão de alimentos mal cozinhados que contenham quistos do parasita, exposição a fezes de gato infetadas ou de mãe para filho durante a gravidez se a mãe contrair a primeira infeção durante a gravidez.[4] São raros os casos em que a doença é transmitida por via de transfusão de sangue.[4] Não existem outras formas de contaminação entre pessoas.[4] O único local conhecido de reprodução do parasita é entre os felinos.[8] No entanto, o parasita pode infetar a maior parte dos animais de sangue quente, incluindo o ser humano.[8] O diagnóstico é geralmente feito com análises ao sangue para detectar a presença de anticorpos ou da análise ao líquido amniótico para detectar o ADN do parasita.[5] Estão disponíveis exames rápidos para determinar se a pessoa já foi exposta anteriormente ao parasita e, consequentemente, se está imune durante a gravidez.[3]
A prevenção consiste em preparar e cozinhar adequadamente os alimentos.[9] As grávidas devem evitar tocar em carne crua, evitar beber leite não pasteurizado e não comer carne mal cozinhada de qualquer tipo.[10] Recomenda-se ainda evitar a exposição a fazes de gato, como acontece ao limpar caixas de areia, e evitar atividades de jardinagem ou, pelo menos, usar luvas.[10][9] Em pessoas de outra forma saudáveis geralmente não é necessário tratamento.[6] Durante a gravidez o tratamento podem consistir em espiramicina ou pirimetamina/sulfadiazina e ácido folínico.[6]
Até 50% da população mundial encontra-se infetada com toxoplasmose latente sem manifestar sintomas.[7][11] Em algumas regiões a percentagem é de até 95%.[4] Em cada ano ocorrem cerca de 200 000 casos de toxoplasmose congénita.[3] Os primeiros a descrever o organismo foram Charles Nicolle e Louis Manceaux em 1908.[12] Em 1941 foi confirmada a transmissão de mãe para filho durante a gravidez.[12]
Toxoplasmosis is becoming a global health hazard as it infects 30–50% of the world human population.