Vanir

Freia por John Bauer (1882–1918)

Na mitologia nórdica, os Vanir ou Vanes[1][2] (em nórdico antigo: Vanr; pl. Vanir) são, a par dos Æsir ou Asses, um dos dois clãs de deuses da mitologia nórdica [3], e também são a origem do nome do Vanaheimr (nórdico antigo para "casa dos Vanir"[4]). Contudo, contrariamente aos Æsir, os deuses Vanir eram associados à fertilidade, assim como ao comércio, à paz, à sabedoria e ao prazer.[5] Após a Guerra dos Deuses, onde os dois clãs lutaram um com o outro, os Vanir tornaram-se num subgrupo dos Æsir.[6] Posteriormente, os membros dos Vanir são por vezes também referidos como membros dos Æsir.

Os Vanir são mencionados na Edda Poética, compilada no século XIII a partir de fontes tradicionais mais antigas; na Edda em Prosa e na Heimskringla, ambas escritas no século XIII por Snorri Sturluson; e na poesia dos escaldos. Apenas nestas fontes do nórdico antigo é que os Vanir são mencionados.

Todas as fontes descrevem o deus Njörðr e os seus filhos Freyr e Freyja como membros dos Vanir. Uma narrativa em prosa evemerista na Heimskringla acrescenta que a irmã de Njörðr, cujo nome não é fornecido, e Kvasir também eram Vanir. Além disso, na Heimskringla é relatada uma história envolvendo a visita do rei Suérquero a Vanaheimr, onde encontra uma mulher chamada Vana, com a qual tem um filho chamado Valandro (cujo nome significa "Homem da Terra dos Vanir").

Embora não tenham sido confirmados como pertencentes aos Vanir, os deuses Heimdall e Ullr são teorizados como possíveis membros do grupo. Na Edda em Prosa, um dos nomes mencionados para javalis pode traduzir-se como "Filho dos Vanir". Estudiosos têm especulado que os Vanir podem ter conexões com pequenos pedaços de folha de ouro encontrados na Escandinávia, em locais de construção que datam do período de migração dos povos bárbaros até a era Viking, e ocasionalmente em túmulos. Especulou-se ainda se os Vanir originalmente representavam divindades pré-indo-europeias ou deuses da fertilidade indo-europeus, e teorizou-se sobre uma forma dos deuses conforme eram venerados pelos pagãos anglo-saxões.

  1. Vários autores (2011). Mitologia - Mitos e Lendas de todo o Mundo. [S.l.]: Caracter. p. 232-249. 528 páginas. ISBN 9789898356505 
  2. Langer, J (2010). «SEIÐR E MAGIA NA ESCANDINÁVIA MEDIEVAL: REFLEXÕES SOBRE O EPISÓDIO DE ÞORBJÖRGNA EIRÍKS SAGA RAUÐA». Revista Signum (Vol. 11, nr 1). p. 179. Consultado em 13 de fevereiro de 2019 
  3. www.godslaidbare.com Aesir Arquivado em 28 de maio de 2013, no Wayback Machine.
  4. Snorri Sturluson, Jesse L. Byock(Editor) (2005). The Prose Edda. [S.l.]: Penguin Classics. 224 páginas. ISBN 9780140447552 
  5. Magnusson, Thomas; et al. (2004). «Vanerna». Vad varje svensk bör veta (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag e Publisher Produktion AB. p. 425. 654 páginas. ISBN 91-0-010680-1 
  6. Magnusson, Thomas; et al. (2004). «Asarna». Vad varje svensk bör veta (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag e Publisher Produktion AB. p. 406. 654 páginas. ISBN 91-0-010680-1 

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