Wehrmacht

Wehrmacht

Reichskriegsflagge, a bandeira de guerra e a insígnia naval da Wehrmacht (versão de 1938 a 1945)
País  Alemanha Nazista
Lema Gott mit uns[4]
Fundação 16 de março de 1935
Dissolvida 20 de setembro de 1945[1][a]
Ramos Heer (exército)
Kriegsmarine (marinha)
Luftwaffe (força aérea)
Lideranças
Comandante
Supremo
Adolf Hitler (primeiro)
Karl Dönitz (último)
Comandante-em-Chefe Werner von Blomberg (primeiro)
Adolf Hitler (último)
Ministro da Guerra (1935–1938) Werner von Blomberg
Chefe do Alto Comando da Wehrmacht Wilhelm Keitel
Idade dos militares 18-45 anos
Conscrição 1-2 anos
Pessoal ativo 18 000 000 (total que serviu)[5]
Despesas
Orçamento 19 bilhões ℛℳ (1939)
(72 bilhões de euros em 2009)
89 bilhões ℛℳ (1944)
(304 bilhões de euros em 2009)[b]
Percentual do PIB
Indústria
Fornecedores nacionais
Fornecedores estrangeiros
Artigos relacionados
História História da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial
Classificações

Emblema da Wehrmacht, a Balkenkreuz, uma versão estilizada da Cruz de Ferro vista em proporções variadas

Wehrmacht (ouvir) (termo alemão que significa força de defesa) eram as forças armadas da Alemanha Nazista de 1935 até 1945. Consistia no Heer (exército), Kriegsmarine (marinha de guerra) e Luftwaffe (força aérea). A designação Wehrmacht substituiu o nome Reichswehr e foi a manifestação dos esforços do regime nazista para rearmar a Alemanha em maior medida que permitido pelo Tratado de Versalhes.[10]

Após a ascensão nazista ao poder, em 1933, uma das medidas mais audaciosas de Adolf Hitler foi estabelecer a Wehrmacht, uma força armada ofensivamente moderna, cumprindo os objetivos de longo prazo do regime nazista de recuperar território perdido e conquistar novos territórios e dominando seus vizinhos. Isso exigiu o restabelecimento do recrutamento e investimentos maciços e gastos em defesa na indústria bélica.[11]

A Wehrmacht formou o núcleo do poder político-militar da Alemanha. No início da Segunda Guerra Mundial, a Wehrmacht empregou táticas combinadas de armas (apoio aéreo, tanques e infantaria) para obter efeitos devastadores no que ficou conhecido como Blitzkrieg (guerra relâmpago). Suas campanhas na França (1940), União Soviética (1941) e no norte da África (1941/1942) são consideradas como atos de ousadia.[12] Ao mesmo tempo, os amplos avanços levaram a capacidade da Wehrmacht ao ponto de ruptura, culminando em sua primeira grande derrota na Batalha de Moscou (1941); no final de 1942, a Alemanha estava perdendo a iniciativa em todas as frentes. A arte operacional alemã não se equipara às habilidades de guerra da coalizão aliada, tornando as fraquezas da Wehrmacht em estratégia, doutrina e logística prontamente aparentes.[13]

Cooperando estreitamente com a Schutzstaffel (SS) e os Einsatzgruppen, as forças armadas alemãs cometeram inúmeros crimes de guerra (apesar das negações posteriores e da promoção do mito da Wehrmacht inocente).[14] A maioria dos crimes de guerra ocorreu na União Soviética, Polônia, Iugoslávia, Grécia e Itália, como parte da guerra de aniquilação contra a União Soviética, o Holocausto e a guerra de segurança nazista.

Durante a Segunda Guerra Mundial, cerca de 18 milhões de homens serviram na Wehrmacht.[15] Quando a guerra terminou na Europa, em maio de 1945, as forças alemãs (constituídas pelas unidades Heer, Kriegsmarine, Luftwaffe, Waffen-SS, Volkssturm e colaboradores estrangeiros) haviam perdido aproximadamente 11,3 milhões de homens,[16] cerca da metade dos quais estavam desaparecidos ou mortos durante a guerra. Apenas alguns da alta liderança da Wehrmacht foram julgados por crimes de guerra, apesar das evidências sugerindo que mais estavam envolvidas em ações ilegais.[17][18] Segundo Ian Kershaw, a maioria dos 3 milhões de soldados da Wehrmacht que invadiram a União Soviética participaram de crimes de guerra.[19]

  1. Müller 2016, p. 1.
  2. Allied Control Authority 1946a, p. 81.
  3. Allied Control Authority 1946b, p. 63.
  4. Armbrüster 2005, p. 64.
  5. Overmans 2004, p. 215.
  6. Tooze 2006, p. 181.
  7. Evans 2008, p. 333.
  8. Harrison 2000, p. 10.
  9. Department of State 2016.
  10. Taylor 1995, pp. 90–119.
  11. Kitchen 1994, pp. 39–65.
  12. Van Creveld 1982, p. 3.
  13. Müller 2016, pp. 58–59.
  14. Hartmann 2013, pp. 85–108.
  15. Overmans 2004, p. 215; Müller 2016, p. 16; Wette 2006, p. 77.
  16. Fritz 2011, p. 470.
  17. Wette 2006, pp. 195–250.
  18. USHMM n.d.
  19. Kershaw 1997, p. 150.


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