A palavra descondicionamento é um termo de autores franceses como Jacques Lacan, Jacques Derridá e Jean Baudrillard.
O descondicionamento é um processo de rejeição e desaprendizagem deliberado dos preferência e crenças que um indivíduo esteve absorvendo da cultura à que pertence.[1] Em particular, seu significado opõe-se ao de "condicionamento", no sentido em que se popularizara na psicologia através do experimento do cão de Pavlov,[2] ou na literatura na novela Um mundo feliz de Aldous Huxley.
Ainda que seja um termo comum em correntes filosóficas como o pós-estructuralismo e o pós-modernismo e seja utilizado também para descrever doutrinas místico-filosóficas (xamanismo, hermétismo, budismo, discordianismo), o conceito ocupa um lugar central na corrente contracultural Magia do Caos, desenvolvida por volta de1980. Para situá-lo é preciso ter em conta a evolução da contracultura britânica e estadunidense a partir a ruptura cultural do meio hippie, ao redor de personagens como Timothy Leary, Genesis P. Orridge, Phil Hine, Grant Morrison ou Douglas Rushkoff, entre outros.
As pretensões do descondicionamento abarcam o social e o cultural: afirma-se que toda a pessoa tem sido educada num determinado contexto, numa realidade consensual que inevitavelmente limita a liberdade pessoal,[3] de modo que os indivíduos carecem de verdadeira capacidade de escolha (exceto dentro do marco que sua própria cultura lhes proporcionou).