Gulam ou gulamo[1] (em árabe: غُلاَم; romaniz.: ghulām; pl. em árabe: غِلْمَان; romaniz.: ghilmān), às vezes grafado como gulbano[2] e derivadamente escrito como gulamusseine (Gulamhussein - "rapaz bonitinho") ou gulamudine (Gulamuddin - "servidor da religião"),[1] é um termo histórico árabe como inúmeras acepções. Denotou jovens rapazes e serventes e/ou escravos serventes, guarda-costas libertos ou escravos ligados a seu mestre por laços pessoais e artesãos que exerciam função em oficinas nas quais colocaram o nome de seus mestre junto dos seus em suas assinaturas.[3]
Num sentido técnico foi empregado no mundo iraniano pré-islâmico para designar soldados recrutados por generais e reis do Império Sassânida e no mundo islâmico para designar soldados escravos de origem turca empregados no Califado Abássida e nos Impérios Otomano, Safávida, Afexárida, Cajar e Mogol.[4] Com esta última acepção aparece pela primeira vez durante o reinado do califa Almotácime (r. 833–842), muito embora vários autores modernos questionem que já pelo século IX o termo denotasse somente soldados escravos de origem turca, provavelmente designando príncipes iranianos vassalos dos califas e seu séquito pessoal.[5]