Metaxismo (em grego: Μεταξισμός) é uma ideologia nacionalista autoritária associada com o ditador grego Ioannis Metaxas. [1] Reivindicava para a regeneração da nação grega e o estabelecimento de uma Grécia moderna, culturalmente homogênea. [2] O Metaxismo menosprezava o liberalismo e o individualismo como raízes da degeneração cultural. Os princípios do Metaxismo considerava que interesses individuais deveriam ser subordinados aos da nação e visava mobilizar o povo grego como uma massa disciplinada ao serviço da criação de uma "Nova Grécia". [2]
Metaxas declarou que o seu Regime de 4 de Agosto (1936-1941) representava uma "Terceira Civilização Grega", que estava comprometida com a criação de uma nação grega culturalmente purificada com base nas sociedades militaristas da antiga Macedônia e Esparta que consideravam constituir a "Primeira Civilização Grega"; e a ética cristã ortodoxa do Império Bizantino, que consideravam representar a "Segunda Civilização Grega".[2] O regime de Metaxas afirmava que os gregos verdadeiros eram etnicamente gregos e cristãos, com a intenção de excluir deliberadamente os albaneses, eslavos e turcos residentes na Grécia de cidadania grega.[2]
Embora o governo Metaxas e suas doutrinas oficiais são frequentemente descritas pelos adversários de esquerda como fascistas, academicamente, considera-se ter sido uma ditadura autoritária-conservadora convencional semelhante a de Francisco Franco na Espanha ou a de António Salazar de Portugal. [1][3] O governo metaxista deriva sua autoridade do establishment conservador e suas doutrinas apoiaram fortemente as instituições tradicionais, como a Igreja Ortodoxa Grega e a monarquia grega; essencialmente reacionárias, faltava-lhe as dimensões teóricas radicais de ideologias como o fascismo italiano e o nazismo alemão. [1][3]