Na mitologia celta, Taranis foi o deus do trovão cultuado essencialmente na Gália, nas Ilhas Britânicas, mas também nas regiões de Rhineland e Danúbio entre outras, e mencionado, com Esus e Toutatis como parte de uma tríade sagrada, pelo poeta romano Lucano em seu poema épico Farsália como uma deidade céltica para quem as oferendas sacrificiais humanas eram feitas.[1] Era associado, como era o ciclope Brontes ("trovão") na mitologia grega, com a roda.
Muitas representações de um deus barbado com um raio em uma mão e uma roda em outra tinham sido recuperadas na Gália, onde esta deidade aparentemente veio para ser sincretizada com Júpiter.[2]
O nome como registrado por Lucano não está atestado epigraficamente, mas variantes do nome ocorrem em inscrições, incluindo as formas Tanarus, Taranucno-, Taranuo- e Taraino-.[3][4] O personagem da mitologia irlandesa chamado Tuireann é considerado como outro cognato do nome da divindade.
Seu nome está provavelmente conectado com aqueles dos deuses do trovão germânicos, Thor nórdico (anglo-saxão Þunor, alemão Donar), Tiermes dos povos nórdicos Sami.[5]
Taranis é provavelmente associado com o Ambisagrus gálico (provavelmente do proto-céltico *ambi-sagros = "em torno da-força"), e na interpretatio romana com Marte.[carece de fontes]