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Vulgata é a forma latina abreviada de vulgata editio ou vulgata versio ou vulgata lectio, respectivamente 'edição', 'versão' ou 'leitura' de divulgação popular — a versão mais difundida (ou mais aceita como autêntica) de um texto.[1]
No sentido corrente, Vulgata refere-se à tradução da Bíblia das línguas originais para o latim, elaborada entre fins do século IV e o início do século V, por São Jerónimo, auxiliado por Santa Paula de Roma, a pedido do Papa Dâmaso I, e que foi amplamente utilizada pela Igreja Católica de rito latino até a edição da Nova Vulgata, sendo ainda usada na Missa Tridentina, nos livros litúrgicos anteriores ao Concílio Vaticano II e em bíblias que a utilizam como fonte primária de tradução. É a única versão da Sagrada Escritura considerada oficialmente pela Igreja Católica como "completamente isenta de erros no que toca a fé e aos costumes".[2]
Nos seus primeiros séculos, a Igreja Católica serviu-se sobretudo da língua grega. Foi nesta língua que foi escrito todo o Novo Testamento, incluindo a Carta aos Romanos, de São Paulo, bem como muitos escritos cristãos de séculos seguintes.
No século IV, a situação já havia mudado, e é então que o importante biblista São Jerónimo traduz pelo menos o Antigo Testamento para o latim e revê a Vetus Latina.
A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Antigo Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta. No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou textos. Chama-se, pois, Vulgata a esta versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e ainda hoje é fonte para diversas traduções.
O nome vem da expressão vulgata versio, isto é "versão de divulgação para o povo", e foi escrita em um latim cotidiano.